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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Todo apoio à luta estudantil na UFMA

O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa manifesta o seu total apoio à luta estudantil realizada na Universidade Federal do Maranhão, que culminou com a ocupação da Reitoria da instituição.
Sabemos que só a luta muda a vida e reconhecemos a importância de defender a Educação Pública, Gratuita e de Qualidade. Para isso, precisamos impedir o sucateamento promovido pelo Ministério de Fernando Haddad e pelo Governo Lula/PT, com apoios submissos das Reitorias, da CUT e da UNE. Através da Reforma Universitária, do REUNI e do novo ENEM, a política privatista de Lula segue destruindo o Ensino Superior.
Portanto, declaramos que estamos ao lado dos estudantes da UFMA que ocuparam a Reitoria e aguardamos a presença dos lutadores para construirmos conjuntamente a COORDENAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES a partir do Congresso Nacional de Estudantes, para que possamos organizar de maneira mais sólida as nossas mobilizações, construir uma pauta de reivindicações dos estudantes brasileiros e viabilizar vitórias que avancem para a transformação da sociedade.
Segue abaixo um relato sobre o término da ocupação:
Terminou na noite de ontem (04/06) com uma grande Assembléia, a Ocupação da Reitoria da UFMA.
A assembléia foi marcada por muitas intervenções no sentido de afirmar e apoiar a ocupação como um instrumento de luta legítimo dos estudantes, lembrando as diversas ocupações que aconteceram em todo o pais, e mesmo a da UFMA, que completa 2 anos hoje (05/06). Ainda foi lembrado o não cumprimento do acordo feito na justiça federal entre a Administração Superior e Movimento de Ocupação de 2007.
Quem apareceu na Assembléia foi o DCE (UNE/UJS), tentando justificar sua ausência nas inúmeras lutas da Universidade, a primeira explicação foi a de que não foram convidados e depois estavam muito atarefados organizando o arraial na UFMA.
Desmoralizados, sob vaias e palavras de ordem como "DCE PELEGO NÃO VAI TER SOSSEGO!!", o DCE (UNE/UJS) foi encurralado quando os estudantes colocaram-no no seu devido lugar, lembrando sua subserviência a Administração Superior, e quando votaram favoravelmente a adesão da UFMA ao REUNI, e ao ENEM.
A APRUMA/ANDES, esteve presente desde o inicio das mobilizações, contribuindo política e financeiramente, com o movimento, o sindicato ressaltou a importância da luta conjunta de professores e alunos contra a Reforma Universitária/ REUNI, denunciando o autoritarismo da gestão de Natalino Salgado que nunca sentou para dialogar com a comunidade acadêmica e vem implementando sistematicamente a política privatista do governo/MEC.
Por volta das 18:30, apresentamos um termo de acordo ao vice-reitor Oliveira, solicitando uma reunião com o Reitor Natalino Salgado para segunda-feira (08/06) as 10:00h, que os estudantes e apoiadores do movimento de ocupação não sofressem nenhuma punição administrativa, cível ou penal.
Depois de uma longa espera, o termo foi assinado na presença do Procurador Federal, da APRUMA/ANDES, dos delegados federais que estavam lá e de representantes do movimento de ocupação.
Com o documento em mãos, assinado e a reunião agendada para segunda-feira próxima, desocupamos o prédio da Reitoria e partimos em caminhada percorrendo todo o Campus com palavras de ordem como: " Oh Natalino, presta atenção a meninada garantiu a ocupação!!". " Segunda-feira não tem perdão, vamos enquadrar o reitor fujão!!" "Ocupa Ocupa reitoria, por que educação não é mercadoria!! "
Os estudantes deram o recado, só com luta e mobilização conseguiremos defender uma Universidade Publica, Gratuita e de Qualidade.
Esse é só o começo!!!
NOTA OFICIAL DA OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UFMA


Nós estudantes, ocupantes da Reitoria da UFMA, vimos esclarecer a comunidade acadêmica e a sociedade como um todo, algumas questões sobre o movimento.

Primeiro que a ocupação aconteceu de forma pacífica e com o intuito de marcar uma reunião com o Reitor Natalino Salgado, para que fizesse alguns esclarecimentos sobre a mudança de horários na Universidade.

Assim que chegamos a Reitoria (cerca de 120 estudantes), fomos informados que ele estava participando de uma reunião, mas que nos receberia. Com o passar das horas, muitas informações desencontradas foram dadas. E logo, ele não poderia nos receber, pois viajaria na manhã seguinte para Brasília.

Assim sendo e diante do desrespeito, nós decidimos de forma unânime permanecer na Reitoria, até que o Reitor nos atenda e venha dialogar com os estudantes que aqui se encontram.

Como não nos foi dada a possibilidade de diálogo realizamos uma assembléia e construímos nossa pauta de reivindicação:

- Revogação imediata da Minuta de Resolução aprovada pelo Reitor ad referendum do CONSEPE que flexibiliza os horários de aula dos cursos;

- Revogação da adesão da UFMA ao REUNI;

- Revogação da adesão da UFMA ao ENEM;

- Cumprimento do Acordo Firmado na Justiça Federal, com Movimento de Ocupação de 2007: (Ampliação das bolsas de alimentação e duplicação do RU e entrega da casa de estudantes no campus);

- Pela não intervenção da Reitoria nas casas de estudantes;

- Pela abertura imediata do diálogo com a comunidade acadêmica acerca dessas questões.


Assinam essa nota:
DAFAR (Diretório Acadêmico de Farmácia),
CAECO (Centro Acadêmico de Economia),
CALTE (Centro Acadêmico de Licenciatura em Teatro),
CAPED (Centro Acadêmico de Pedagogia),
CADI (Centro Acadêmico de Desenho Industrial),
CAIM (Centro Acadêmico de Direito),
FOE (Frente de Oposição de Esquerda da UNE),
Coletivo Barricadas Abrem Caminhos,
Quilombo Urbano,
Najup-Negro Cosme,
ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social)
e estudantes dos cursos ciências sociais, direito, filosofia, serviço social, matemática, educação física, história, química, letras, geografia, psicologia, enfermagem, comunicação social

terça-feira, 19 de maio de 2009

REITORIA DA UEFS OCUPADA

(Greve d@s Bolsistas)
Bolsistas cruzam os braços, ocupam a Reitoria e denunciam descaso do governo.



Percebendo o descaso com que os programas de bolsas estudantis da UEFS vêm sendo tratados, com os sucessivos desrespeitos e a insistente recusa do governo do estado em atender/negociar nossas reivindicações e considerando a existência de uma ampla articulação estudantil em torno destes problemas. Então torna necessária uma mobilização generalizada e radicalizada no sentido de melhor conduzir estas lutas, unificar nossas pautas e garantir maior enfrentamento e combatividade frente aos abusos que temos sofrido. Com esse objetivo, em Assembléia dos (as) Bolsistas da UEFS do dia 14/05/09, o coletivo deliberou pela OCUPAÇÃO da Reitoria e a paralisação de suas atividades, que surge de um amplo processo mobilizatório que já dura pouco mais de dois meses.


Nossa pauta unificada de LUTA e REINVIDICAÇÃO incluem:


1) Vinda do Secretário de Educação do Estado da Bahia ao campus da UEFS, localizado na cidade de Feira de Santana, no sentido de resolução das pautas dos bolsistas;


2) A necessidade do aumento do número e valor das bolsas, que perpassam por questões de permanência/assistência estudantil, visto que o número atual não contempla a demanda para uma política de permanência efetiva de uma Universidade com sistema de cotas para afrodescendentes, indígenas e estudantes oriundos da rede pública de ensino;


3) A luta por ajustes relativos ao funcionamento dos regimes de bolsas (mudanças no caráter das resoluções em vigor, redefinição de carga horária, etc.);


4) Revogação da Lei 7176/97, instrumento intervencionista com que o governo do estado emperra a resolução autônoma dos nossos problemas;


5) Estipulação e garantia de um data fixa para o pagamento das bolsas;


6) Combate a qualquer tipo retaliação, repressão ou perseguição por parte de qualquer setor aos (às) bolsistas em greve, tomando as devidas providências de reação coletiva, ocupando os espaços e inviabilizando qualquer tipo de funcionamento do setor, como forma de garantir o direito à expressão e reivindicação;


Externamente, pretextando “razões maiores” para negligência nos repasses de verba, o governo recorre à atual crise econômica para justificar sua política de desmonte da assistência estudantil, penalizando a universidade pública e nossa categoria em particular sobre a qual tem recaído o ônus da crise. @s bolsistas vão pagar pela crise?!


Tendo em vista que as mobilizações até agora não apresentaram respostas significativas em face do descaso ostensivo do governo do estado em suas constantes recusas em acolher processos de negociação. Entendemos a necessidade de não só mantermos a paralisação / greve e expandi-la ao máximo como também conferir maior radicalidade na condução desta luta, com vistas à abertura de um processo de negociação com a Secretaria de Educação e a Administração Superior da UEFS onde nossa pauta seja acolhida e tratada com a merecida consideração.


Coletivo d@s Bolsistas da UEFS

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Estudantes ocupam reitoria da UFMT contra vestibular unificado

Cerca de dois mil ocuparam a reitoria da Universidade Federal do Mato Grosso nesta segunda, 11, exigindo a revogação imediata do vestibular unificado

13 de maio de 2009

Cerca de dois mil estudantes, universitários e secundaristas, ocuparam, na tarde desta segunda, 11, a reitoria da Universidade Federal do Mato Grosso. Os estudantes protestam contra a adesão imediata, sem a discussão com a comunidade acadêmica, do novo vestibular unificado para as federais, e contra a privatização do restaurante universitário.

Naquele momento ocorria a reunião deliberativa do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) que, sob a pressão da manifestação e para ensaiar o exercício da democracia, permitiu que apenas um representante dos estudantes participasse da reunião. Mas, entre muitos docentes, estava claro que o estudante não conseguiria nem ao menos ter o direito a voz, e esta era uma manobra para fazer impor goela abaixo dos estudantes o novo vestibular, ainda que a comunidade acadêmica não tenha se posicionado a respeito do novo modelo de ingresso na universidade.

Segundo os estudantes a comunidade acadêmica ainda tem dúvidas sobre o que será melhor para a sociedade, e que a nova medida deve ser debatida amplamente, no entanto, o processo de aprovação do Reuni, ou seja, sem levar em consideração o que era melhor para a maioria da universidade, os estudantes, se repetirá.

Fonte e maiores informaçoes:
http://blogdodce. wordpress. com/2009/ 05/12/estudantes -ocuparam- reitoria- da-ufmt

domingo, 26 de abril de 2009

Contra a criminalização do Movimento Estudantil na UnB

O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa tem orientado sua atuação para a luta em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, considerando a atual política implementada pelo Governo Lula/PT um retrocesso para os trabalhadores e a juventude, enquanto privilegia a lucratividade e os interesses dos setores privatistas.


O processo de ocupação da Reitoria da UnB foi uma importante ferramenta de luta travada em 2008. Tais lutas devem apontar para a defesa da Universidade bem como para a construção de uma nova entidade estudantil, que lute por fora e contra a Juventude do Mensalão expressa pela União Nacional dos Estudantes.


Solidarizamo-nos com os lutadores da Universidade de Brasília, exigindo a retirada do processo contra a estudante Catharina Lincoln. O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa se coloca contra qualquer tentativa de criminalização dos Movimentos Sociais.
MANIFESTO


Contra a Criminalização do Movimento Estudantil da UnB! Pela retirada imediata do processo contra a estudante Catharina Lincoln! Em defesa da UnB!


No dia 20 de fevereiro de 2008, o DCE/UnB – gestão “Nada será como antes” protocolou representação no MPF (Ministério Público Federal) solicitando o afastamento do então reitor Timothy enquanto durassem as investigações. Mais tarde, no dia 3 de abril do mesmo ano, mais de 200 estudantes, entre eles, a militante Catharina, ocupou o Gabinete do Reitor com a mesma reivindicação, dentre outras aprovadas em Assembléia Geral e, 4 dias depois, todo o prédio da Reitoria foi ocupado. Toda essa mobilização desencadeou a derrubada de toda a gestão Timothy e iniciou o processo de luta pela democracia e transparência na Universidade.


Devemos lembrar que Timothy ocupava uma das coberturas mais caras da Asa Norte, justificando que o imóvel era de cunho representativo da UnB – uma espécie de Gabinete do Reitor longe das goteiras do Campus e dos protestos estudantis! Entretanto, morava juntamente com a família no referido imóvel, que foi mobiliado pela FINATEC no valor de aproximadamente R$ 470.000,00, com itens pouco funcionais para representação acadêmica, como espreguiçadeira, puff, lixeiras de R$ 1.000,00 e saca-rolha de R$ 800,00.

Durante a gestão Timothy, ocorreram diversas perseguições políticas a estudantes, técnico-administrati vos e docentes da UnB, inclusive com Processo Administrativo – ainda que nada tenha sido provado contra quem foi acusado! Porém, contra Timothy, que esteve envolvido num dos maiores escândalos que a UnB já viveu, nada foi feito e, não suficiente, ele ainda voltou para dar aulas, como se nada tivesse acontecido.

A partir disso, o DCE/UnB, em entrevista à uma mídia de circulação nacional na tarde de quarta-feira, dia 18 de março de 2009, na parte do jardim do ICC Sul (externo à sala de aula), foi duramente hostilizado por professores timothystas que tentaram desqualificar o depoimento de uma de nossas coordenadoras. Os professores justificavam sua atitude dizendo que Timothy é professor e precisa voltar a dar aulas, mas são os mesmos docentes que durante 18 anos nada disseram sobre o ex-reitor ter unicamente atividades administrativas, como qualquer outro docente da UnB ou outra universidade pública que ocupa cargos de natureza não acadêmica na gestão.

Assim, a posição do DCE/UnB, manifestada pela declaração da estudante Catharina Lincoln, é a de que o ex-reitor Timothy Martim Mulholland deveria independente da competência que tenha para dar aula, responder ao menos um Processo Administrativo, aberto pela própria universidade, para responder pelas denúncias levantadas pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e até outras que a própria universidade venha descobrir. Ainda foi colocado o cuidado das declarações não serem de cunho pessoal e sim, terem o objetivo de fazer uma análise política da situação: não caberia ao DCE julgar a capacidade acadêmica de Thimothy, porém seria uma grande contradição um professor que cumpriu um papel político atrelado a corrupção e ao desvio de verbas públicas voltar as salas de aula.

Enquanto, por um lado, a Justiça resolve rejeitar as denúncia contra ex-reitor da UnB, sabemos que o objetivo desse processo aberto por Timothy e seu grupo contra a estudante é de tentar desestabilizar um grande grupo de estudantes que até hoje exige uma apuração mais rígida tanto dentro como fora da Universidade de Brasília, um grupo de estudantes que provou, através das grandes mobilizações de 2008, que é necessário lutar para defender a Universidade Pública, gratuita e de qualidade. Esse processo carrega em si também a tentativa de criminalizar os movimentos sociais, nesse caso o movimento estudantil, tratando os mesmos como arruaceiros, desordeiros e criminosos. Acreditamos que participação popular por meio de suas manifestações é um fato legítimo e inquestionável.

Assim sendo, exigimos a retirada imediata do Processo protocolado no TJDFT contra a estudante Catharina Lincoln e que mais nenhum processo seja aberto contra qualquer estudante que participou do processo de Ocupação! É necessário também que a atual Reitoria, fruto dos processos de mobilização, se posicione e coloque os recursos jurídicos disponíveis à favor da estudante!

Nos unimos nessa luta em defesa da nossa Universidade e contra a criminalização dos movimentos Sociais!




Envie seu apoio para
unbnaluta@gmail. com
Assinam esse manifesto (organizações, entidades, grupos, coletivos, pessoas)

domingo, 29 de março de 2009

Contribua com o Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa

CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA


Nesse mês, o Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa completou seu aniversário de quatro anos. Ao longo desse período, ocupamos a Direção da EEFD contra os cursos pagos, da ECO contra o autoritarismo, da Reitoria contra o REUNI de Lula/PT e o Plano Diretor de Aloísio Teixeira; estivemos na construção de eventos como o Simpósio de Educação Física e Dança, o Encontro Regional de Estudantes de Educação Física; publicamos textos e boletins informativos; organizamos debates, palestras e dezenas de reuniões; participamos da construção de um novo Movimento Estudantil, através de espaços como o Encontro Nacional Contra a Reforma Universitária, os Encontros Nacionais de Estudantes em Sumaré-SP e Sarzedo-MG; atuamos na Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes e atualmente construímos o Congresso Nacional de Estudantes; mobilizamos para campanhas em defesa de demandas específicas do corpo discente sem descolar das lutas gerais, que nos levaram a caravanas em Brasília ou a grandes manifestações como o 28 de março em homenagem a Edson Luís. Enfim, historicamente temos atuado em defesa dos interesses da juventude, ao lado da classe trabalhadora.

Após a retomada de lutas a partir das ocupações de Reitoria em 2007, o Movimento Estudantil encontra-se em um novo patamar e precisa se consolidar. De maneira autônoma e independente de Governos, Reitorias e Direções, é necessária uma nova concepção de luta e combatividade. Como percebemos, para que seja possível concretizar as ações diárias de luta, são necessários recursos financeiros que viabilizem a construção de cartazes, faixas, panfletos, jornais, adesivos etc. bem como passagens para a participação em eventos regionais e nacionais.

Em 2009, temos pela frente a defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, a luta contra a materialização do REUNI nas Universidades e contra o IFET nas escolas técnicas, as eleições para a próxima gestão do DCE Mario Prata, a campanha contra a restrição do direito à meia-entrada e contra a volta do monopólio das carteirinhas da UNE e a realização do Congresso Nacional de Estudantes, espaço onde defendemos a criação de uma nova entidade estudantil para organizar as lutas por todo o país.

Portanto, por meio desta carta, objetivamos dialogar com todos os atuais e antigos militantes, amigos, familiares, professores e simpatizantes do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, para que garantamos a combatividade e a independência do novo Movimento Estudantil através de contribuição financeira solidária*, que esteja ao alcance material de cada um, mas que será extremamente valorosa para a construção das lutas e das atividades que teremos nos próximos meses.

Saudações de luta,
Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa.

*Àqueles(as) que puderem auxiliar com recursos materiais e/ou financeiros, entrar em contato através do endereço eletrônico quemvemcomtudonaocansa@yahoo.com.br ou dos telefones (21)86779746 / (21)94502472.

domingo, 22 de março de 2009

Pré-tese ao Congresso Nacional de Estudantes

Para enfrentar a crise, organizar a juventude e consolidar o novo movimento estudantil!


“Sejamos realistas: exijamos o impossível!”


O Congresso Nacional de Estudantes, conseqüência de todo um processo de reorganização no movimento estudantil brasileiro, pode ser um momento ímpar para determinar o avanço de nossas lutas e a consolidação do novo movimento que desponta em todo o país. Após a retomada do movimento estudantil em 2007, que o recolocou no cenário político nacional através de lutas travadas em patamar muito superior às dos anos anteriores, o desafio colocado à nossa geração se apresenta de forma ainda mais contundente. As lutas travadas em todo o país contra a precarização e privatização da educação, em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e a serviço do proletariado, com todo o seu já verificado potencial, ainda esbarram em um conjunto de debilidades. Tais debilidades evidenciam a necessidade da consolidação de um movimento unificado nacionalmente e pautado pela independência e combatividade há muito abandonadas pela União Nacional dos Estudantes. O cenário de agravamento da crise capitalista mundial, com o conseqüente recrudescimento dos ataques aos direitos da classe trabalhadora e da juventude, coloca de maneira ainda mais urgente a necessidade de construção de respostas políticas à altura dos desafios que se avizinham. Para responder às tarefas que cabem à nossa geração do movimento estudantil, portanto, precisamos aceitar o desafio de construir o novo. É neste sentido que precisamos compreender o Congresso Nacional de Estudantes como o espaço para avançarmos na unificação de nossas lutas em torno de um programa e de um instrumento político que representem o novo movimento estudantil, capazes de fazer com que essas lutas atinjam todo o seu potencial. Neste sentido, com o objetivo de analisar a situação do movimento estudantil e apontar as perspectivas para seu avanço e consolidação, apresentamos nossas contribuições ao Congresso Nacional de Estudantes. À luta!

Conjuntura: a crise do capitalismo e as tarefas da esquerda


Para iniciarmos o debate sobre a situação do movimento estudantil, seus rumos e perspectivas, é fundamental que façamos uma reflexão sobre a conjuntura que nos envolve, o solo sobre o qual pisamos e desenvolvemos nossas ações. Precisamos entender o movimento como um reflexo desta conjuntura e, ao mesmo tempo, um instrumento para modificá-la.

Neste sentido, é fundamental a compreensão do momento por que passa o capitalismo no Brasil e a nível mundial. A crise econômica internacional, que teve seu início no centro da economia mundial - o império estadunidense - já atinge, em maior ou menor grau, o conjunto dos países do globo, inclusive o Brasil. Os primeiros reflexos da desestabilização da economia estadunidense, verificados no setor imobiliário, dentro de pouco tempo foram percebidos no conjunto da economia do país. Dados gerais mostram quedas no Produto Interno Bruto e o alarmante crescimento da taxa de desemprego e da inflação.

Sabemos que o capitalismo é um sistema que enfrenta crises cíclicas, inerentes à sua própria estrutura. Sabemos, igualmente, que encontra formas de superá-las, reestruturando-se e assumindo novas facetas que adiam sua falência definitiva, mesmo que sejam incapazes de superar suas contradições fundamentais. Os números da crise atual demonstram que ela atinge todas as esferas e setores da atividade produtiva e reprodutiva do sistema mundial, e que os ajustes estratégicos utilizados para deslocar as contradições causadoras das crises anteriores já não apresentam a mesma eficiência. Trata-se, portanto, de uma crise estrutural. Como já apontam muitas análises, mesmo dos economistas burgueses, estamos diante da maior crise capitalista desde 1929.

Neste cenário, a tentativa da burguesia, certamente, será de fazer com que os reflexos da crise recaiam, mais uma vez, sobre as costas dos trabalhadores e da juventude. Para evitar a queda ainda maior de suas taxas de lucro, empresários iniciam uma série de demissões e uma importante ofensiva sobre direitos historicamente conquistados pelas lutas dos trabalhadores. Os governos comprometidos com a burguesia, por sua parte, destinam cifras que já atingem a ordem dos trilhões de dólares para socorrer empresários e banqueiros, os responsáveis pela crise, e relegam a massa trabalhadora e explorada a níveis ainda mais altos de miséria e sofrimento.

No Brasil, os reflexos da crise já são inquestionáveis. Bem pouco tempo atrás, o que se ouvia do governo Lula/PT e da mídia burguesa era que a crise não atingiria o país, embalado que estava por uma onda de crescimento e desenvolvimento. Como sabemos, tal “crescimento” (para os ricos, às custas da exploração dos trabalhadores) se deu através da inserção do Brasil na economia capitalista mundial e da fiel aplicação do receituário neoliberal. O nível de comprometimento e dependência da economia brasileira em relação ao mercado capitalista internacional é, portanto, altíssimo. Agora, os dados desqualificam definitivamente o discurso do governo e da mídia burguesa e comprovam aquilo que uma análise comprometida com a realidade já apontava desde o início dos abalos na economia estadunidense: a crise atinge o Brasil e os mais afetados são os trabalhadores e a juventude.

Dados recentes divulgados pelo IBGE revelam que o PIB brasileiro caiu 3,6% no último trimestre de 2008, a pior queda já registrada pelo Instituto. A projeção de crescimento para o país, em caso de estabilidade da economia, era de 7% no ano. O Brasil está, agora, entre os países mais afetados pela crise. Além da alarmante queda do PIB, os dados divulgados em março pelo IBGE revelam uma queda de 7,4% na produção industrial e de 2% no consumo das famílias. O investimento em maquinaria e equipamentos, que crescia a 8,4%, diminuiu 9,8%.
Como dissemos anteriormente, a resposta da burguesia é aprofundar os ataques aos trabalhadores e juventude, para fazer com que os efeitos da crise recaiam sobre suas costas - e isso se observa claramente no Brasil. Também nesta situação, os dados são irrefutáveis. Desde o ano passado, os números revelam mais de 1 milhão de demissões e o fechamento de mais de 700 mil postos de trabalho. O governo Lula, como os demais governos burgueses em todo o mundo, anuncia pacotes e medidas de socorro aos empresários e banqueiros: já são R$300 bilhões para empresas, R$160 bilhões para bancos e R$8 bilhões para montadoras de automóveis. Complementarmente, o BNDES já anunciou R$130 bilhões para grandes empresas.


A necessária resposta política para a crise


Está clara a necessidade de organização dos trabalhadores e da juventude para enfrentar à altura a crise do capitalismo. Os ataques já são aprofundados e as projeções para o próximo período só apontam para o agravamento da situação. Portanto, é essencial que façamos aqui uma profunda reflexão sobre a necessária construção da resposta política da juventude e da classe trabalhadora brasileiras à crise. Para tanto, precisamos identificar contra quem lutamos, de quem partirão os ataques, e quem são os aliados para a urgente construção de um programa classista para enfrentar a crise.

Já identificamos aqui que a crise atual não é uma exceção, um acaso, e sim, pelo contrário, uma conseqüência do modo de produção capitalista, que alterna ciclos de expansão e auge com períodos de crise e depressão, interligados por um mesmo processo. Portanto, são os empresários e banqueiros, com a busca pela acumulação de capital e o aumento de suas taxas de lucro nos períodos de crescimento do capitalismo, que beneficia apenas a eles próprios, os responsáveis pela crise que vivemos atualmente. Já identificamos, também, que o papel cumprido por esses empresários e banqueiros é o de aprofundar a exploração e os ataques sobre os trabalhadores, para fazerem pagá-los por sua crise e tentar contornar a queda em suas taxas de lucro. Nossa resposta política deve, então, se voltar contra a burguesia e seus ataques, fazendo com que eles próprios paguem a conta de sua crise.

Complementarmente, precisamos aqui nos deter à identificação do papel que cumprem os representantes políticos da burguesia e seus interesses de classe. Como dissemos, o papel que cumprem os governos burgueses é o de reforçar a lógica que faz com que os trabalhadores paguem pela crise. Neste sentido, atacam direitos e garantias sociais dos trabalhadores, destinando o dinheiro público para socorrer e garantir lucros da burguesia. Exatamente o que Lula vem fazendo no Brasil. Não basta, portanto, identificarmos como inimigos e lutarmos contra apenas uma parcela daqueles que nos atacam - empresários e banqueiros – e ignorarmos seu braço político, tão ou mais responsável pelas mazelas que nos afetam.

Precisamos, portanto, para elaborar uma resposta política conseqüente à crise, nos dedicar aqui a uma análise cuidadosa do governo Lula/PT, que leve em conta as suas especificidades, as razões que determinaram sua ascensão e o lugar que ocupa hoje para a reprodução do capitalismo no Brasil. Já ao final da década de 1990, o neoliberalismo começa a apresentar sinais de esgotamento, com significativas quedas na taxa de lucro da burguesia. O capitalismo, no entanto, não encontra nenhuma outra faceta para substituir o neoliberalismo e a saída para fazer frente às quedas da taxa de lucro é justamente aprofundá-lo. Para aplicação desta política genocida, figuras emblemáticas das lutas contra as ditaduras e referências para a esquerda ascendem ao poder.

É neste cenário que Luis Inácio Lula da Silva é eleito presidente do Brasil. Como sabemos, a implantação inicial deste projeto no Brasil coube especialmente aos governos Collor e FHC. No momento em que o próprio neoliberalismo começa a apresentar sinais de desgaste, como já apontamos anteriormente, cabe a um líder operário o aprofundamento e institucionalização do projeto neoliberal brasileiro. Assim, o sujo papel de algoz da classe trabalhadora cabe a um líder sindical carismático que, por isto mesmo consegue, de forma mais eficiente do que qualquer representante clássico da burguesia, implantar as reformas necessárias à sobrevida do capital com menor pressão, enganando parte da classe trabalhadora e desmobilizando temporariamente o país.

Lula, portanto, é um representante dos interesses do grande capital no Brasil, o que se confirma pela composição de seu governo e pelos profundos ataques e reformas neoliberais implementados ao longo de seus dois mandatos. Verifica-se, assim, uma indissociabilidade entre empresários, banqueiros e governo Lula, como a tríade responsável por garantir os interesses de classe da burguesia e aumentar a miséria dos setores historicamente explorados e oprimidos.

Como vimos, o governo Lula/PT é mais eficaz para a implementação do neoliberalismo que os governos tradicionais da burguesia, justamente por estar identificado do ponto de vista ideológico com a classe trabalhadora brasileira e conseguir evitar que as contradições que se acirram no campo econômico, com o aumento da exploração, se reflitam no cenário político. A grande especificidade do governo Lula, seu grande diferencial, é, portanto, sua identificação ideológica com o proletariado e, complementarmente, a sustentação que possui nos movimentos sociais. O governo atual, diferente dos clássicos representantes da burguesia, conta com bases de apoio incrustadas entre a classe trabalhadora e juventude, que legitimam e implementam suas políticas neoliberais, impedindo que as mobilizações se choquem com o governo. É o caso que se manifesta em diversos sindicatos, associações e entidades estudantis, e de forma mais escancarada em entidades nacionais como a Central Única dos Trabalhadores e a União Nacional dos Estudantes.

E a que assistimos, lamentavelmente, na formulação da resposta política da esquerda para a crise? Mais uma vez, a incorreta opção pelo estabelecimento de unidades rebaixadas, que em nada contribuem para o avanço da consciência e da luta dos trabalhadores e da juventude. Mais uma vez, observamos PSTU e PSOL optando por construir atos de propaganda em unidade com PT, PCdoB, CUT e UNE, poupando o governo e atacando em abstrato “os ricos”. E quem é o grande representante político dos interesses dos ricos, senão o governo Lula? Identificado o grande diferencial do governo Lula, estamos certos de que o nível de avanço da consciência e a possibilidade de arrancar vitórias concretas para a classe trabalhadora e a juventude passa, necessariamente, por lutar contra os ataques de Lula e seus braços no movimento social, construindo uma pauta política que onere e derrote os empresários, os banqueiros e o governo e avance na construção de alternativas independentes e de luta para o movimento social.

Na educação, ataques cada vez maiores


Especificamente no campo da educação, já o primeiro mandato de Lula/PT é recheado de ataques. O início da implementação da Reforma Universitária de maneira fatiada, através de medidas provisórias e decretos, já apontava para uma clara ofensiva no sentido de institucionalizar o trabalho de FHC: desmontar o ensino superior público, através dos sucessivos cortes de verbas, e abrir espaço cada vez maior para a iniciativa privada, inclusive com transferência de verbas públicas.

No segundo mandato de Lula, a intensificação dos ataques ao sistema educacional em benefício aos interesses do mercado e dos grandes tubarões de ensino privado se manifestou através do decreto do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Instituições de Ensino Superior (REUNI) de Lula/PT nas universidades federais. A mesma lógica de ataques se fez também presente nos decretos do governo Serra, para as estaduais paulistas, e dos aumentos de mensalidades, demissões de professores e precarização das condições de ensino nas universidades particulares.

Agora, diante da crise do capitalismo, a perspectiva é que tais ataques se aprofundem ainda mais. Seguindo a lógica que expusemos acima, de onerar trabalhadores e juventude em benefício do grande capital, o governo Lula/PT já cortou R$2 bilhões do orçamento para a educação em 2009, agravando o já crônico problema da falta de verbas. Certamente, este corte irá se refletir no agravamento dos problemas estruturais nas escolas e universidades (como conservação dos espaços físicos, falta de laboratórios, bibliotecas) e na redução da já extremamente débil política de assistência estudantil (corte no valor e número de bolsas, menos verba para bandejões, moradias estudantis, transporte, etc.), o que praticamente inviabiliza a permanência dos estudantes na universidade. Em contrapartida, já há verbas públicas, do BNDES, destinadas a socorrer da crise os grandes empresários da educação, os tubarões do ensino privado – setor no qual as mensalidades não param de subir, onerando ainda mais os estudantes.

Talvez um dos mais recentes e contundentes reflexos da crise para os estudantes seja a tentativa de restrição do direito à meia-entrada, um claro mecanismo para garantir os lucros dos empresários do setor cultural. O projeto de lei que já foi aprovado no Senado e agora tramita em caráter de urgência na Câmara impõe uma redução da meia-entrada a 40% dos ingressos para qualquer evento cultural, atingindo diretamente um direito histórico dos estudantes. Como já era de se esperar, o ataque dos empresários, apoiado pelo governo Lula, é complementado por um ataque da União Nacional dos Estudantes. Justamente pelo seu comprometimento com o governo representante da burguesia e, conseqüentemente, pelo seu comprometimento com a própria burguesia, a UNE tenta conciliar com os empresários e “negociar” a restrição da meia-entrada, propondo que o direito seja regulado através da emissão de carteirinhas apenas pela própria entidade, ou seja, a volta do monopólio das carteirinhas pela UNE.

A UNE oferece a volta do monopólio como uma saída para não onerar os empresários, que têm lucros altíssimos com a venda de ingressos a preços abusivos e reclamam se uma suposta “farra” da meia-entrada, que seria contida pela entidade. Ao mesmo tempo, a UNE garante, com a volta do monopólio, sua fábrica de dinheiro. Assim, quem paga o pato, bem na lógica do capital, são os estudantes, que conquistaram o direito de apresentar qualquer documento para garantir sua meia-entrada e seriam obrigados a voltar a pagar o alto preço das carteirinhas da UNE para ter seu direito garantido. A luta em defesa da meia-entrada é um excelente exemplo de que hoje, necessariamente, as mobilizações contra os reflexos da crise atingindo trabalhadores e estudantes se choca com as entidades tradicionais do movimento, que estão comprometidas com os interesses daqueles que nos atacam. É justamente para construir uma resposta que leve nossas lutas às suas últimas conseqüências que precisamos construir o novo movimento estudantil. A luta em defesa da educação e dos nossos direitos se dá não apenas por fora, mas contra a UNE, e precisa estar colada com a construção de uma alternativa independente!

E o movimento estudantil?


É por isso que o Congresso Nacional de Estudantes, como iniciativa política de construção e consolidação no novo movimento estudantil, precisa se construir junto às lutas, como a que ocorre em defesa da meia-entrada e tantas outras. Apenas o novo movimento, não comprometido com os interesses do capital e do governo, pode dar conseqüência às nossas lutas. Para pensarmos na construção deste novo movimento, sua relação com o CNE e nossas expectativas, precisamos compreender o processo de reorganização pelo qual passamos.

O movimento estudantil brasileiro, assim como o conjunto da esquerda do país, entra em uma nova fase após a ascensão de Lula/PT ao governo federal. Diferente dos anos anteriores, quando estava minimamente unificada na resistência ao neoliberalismo, a partir de 2003 a esquerda entra em um período de perda de referências e de necessidade de reorganização, diante da falência do projeto hegemônico petista ancorado na perspectiva da eleição de Lula. Com a passagem definitiva de Lula, PT e seus aliados para a direita, se tornando responsáveis pela implementação dos ataques da política neoliberal, a esquerda se vê diante de um momento em que o velho não serve mais e o novo ainda não existe. Coloca-se, aí, sua tarefa: derrotar o velho movimento e construir o novo a partir de uma perspectiva independente e classista.

O início da implementação da Reforma Universitária pega o movimento ainda desarticulado. De um lado, a União Nacional dos Estudantes como fiel defensora de toda a política neoliberal do governo, atuando para legitimar a destruição da universidade pública junto aos estudantes. De outro, a então “esquerda do PT”, com sua linha de “disputa do governo”, permanecia imobilizada e atuando como linha auxiliar do governo, esperando uma “outra Reforma Universitária” e assistindo de camarote o desmonte da educação superior, já que não tinha a independência necessária para combatê-lo.

Como expressão da necessidade de construção do novo, surge a Conlute em 2004. Naquele momento, é dado o pontapé inicial na luta contra a Reforma Universitária e a nova ferramenta serve para aglutinar os setores combativos do movimento estudantil, dispostos a derrotar o governo e suas políticas neoliberais. A Conlute consegue avançar, consolidando-se no dia-a-dia das lutas, realizando uma série de atividades e efetivamente organizando o movimento para o embate com o governo e a UNE, compreendendo a necessidade de derrotá-la por ser o principal elemento de conferência de legitimidade à política neoliberal de Lula/PT. O entendimento de que a luta não devia ser apenas por fora, mas também contra a UNE ganhava espaço, dada a identificação da entidade como grande diferencial do governo Lula e elemento central de garantia da aplicação de suas políticas neoliberais.

Porém, a atuação ainda incipiente da Conlute - porque nova e fruto de um processo de reorganização ainda em desenvolvimento - aos poucos se direciona ao marco superestrutural, apenas propagandístico, e diminui a força outrora crescente no cenário nacional. A política do setor majoritário na Coordenação, o PSTU, é de esvaziá-la enquanto alternativa concreta em favor da construção de fóruns conjuntos com a “esquerda do PT” e o nascente PSOL, com o falido “Movimento Vamos Barrar Essa Reforma” - que, diante da total falta de acordo na política entre os setores que o compunham, nada fez de concreto para organizar a luta em defesa da educação.

No final de 2006, surge a Frente Nacional de Luta Contra a Reforma Universitária, amplamente festejada pelos seus setores majoritários, PSTU e PSOL, como a “reconstrução da unidade no movimento estudantil”. Obviamente, a unidade contra as políticas neoliberais de Lula/PT, entre todos aqueles que queiram combatê-las, é fundamental para avançarmos nas lutas. Nesse sentido, a Frente de Luta cumpriu um importante papel. No entanto, devemos fazer uma reflexão que dê conta de avaliar o conjunto das tarefas colocadas para o movimento estudantil brasileiro.

Ao identificarmos a necessidade de construção de uma alternativa de luta capaz de derrotar a UNE e reunificar o movimento estudantil combativo por um viés classista, as limitações da Frente são facilmente constatadas. Se o instrumento é importante por conseguir organizar as lutas em seu nível imediato, precisamos, em contrapartida, ter a clareza de que é incapaz de levá-la às suas últimas conseqüências e, assim, responder às tarefas colocadas para o movimento estudantil.

Isso porque a questão da reorganização não é apenas superestrutural, não é um adendo, não é uma questão externa e diferente das lutas que travamos no dia-a-dia. Pelo contrário: dada a especificidade do governo Lula/PT (sua penetração no movimento estudantil, que o permite atacar a juventude com a legitimação e sustentação de parte da categoria), este debate interfere diretamente na nossa capacidade ou não de alcançar vitórias nas nossas lutas imediatas. Aí está a questão: a criação de uma alternativa para o movimento estudantil está diretamente relacionada às nossas lutas diárias e, por isso, deve determinar o CONTEÚDO de tais lutas, e não ser tratada como uma questão à parte, que pode ser abandonada quando for conveniente ou deixada “para depois”. Da nossa conseqüência com este debate, insistimos, depende o nosso sucesso nas lutas concretas e diárias contra o governo e suas políticas.

Neste cenário, a Frente de Luta representava a óbvia explicitação da impossibilidade de se tocar qualquer luta por dentro da UNE e da necessidade de construção de novos instrumentos para organizar nacionalmente a luta do movimento estudantil. Por outro, um reflexo recuado, do ponto de vista político, de toda potencialidade desse processo. Justamente por basear-se em unidade artificial, que não corresponde a um entendimento comum das tarefas e necessidades do movimento estudantil, a Frente se sustentou por um período extremamente limitado e atualmente está completamente dissolvida


A retomada do ME e nossos desafios


O ano de 2007 foi, sem dúvida, um marco para o movimento estudantil brasileiro. A retomada das lutas em patamar significativamente superior aos últimos anos, que recolocou o ME na cena política nacional, exige da esquerda um profundo e responsável balanço. Para além do super dimensionamento e da agitação esvaziada, que exalta vitórias a qualquer custo, devemos refletir sobre os avanços e limites do processo de lutas pelo qual passamos, para que tenhamos condições concretas de identificar nossas debilidades e avançar em sua superação.

O Movimento Estudantil, mais avançado em seu processo de reorganização e menos imobilizado do que nos primeiros anos do governo Lula/PT, conseguiu construir uma aguerrida resposta aos ataques dos governos Lula, Serra e da iniciativa privada, que o recolocaram no cenário político nacional e alavancaram as lutas a um patamar superior às travadas nos últimos anos. Exemplos disso foram as passeatas, greves e, principalmente, as ocupações de Reitoria que se espalharam por todo o país.

No entanto, tais manifestações, que tiveram o mérito de fortalecer enormemente o movimento estudantil, ainda foram, em grande parte, insuficientes para garantir vitórias concretas e barrar os ataques à educação. O Reuni, grande expoente de todo o processo, foi aprovado em grande parte das universidades federais. É claro que não fomos definitivamente derrotados, que a luta contra o Reuni e as políticas do governo continuará e, inclusive, será muito fortalecida pelas mobilizações de 2007. Mas a compreensão de que o movimento ainda foi débil para garantir vitórias concretas é fundamental para que possamos fortalecê-lo.

A principal dificuldade enfrentada pelo movimento estudantil neste processo de lutas, que o impediu de atingir todas as suas potencialidades e alcançar vitórias concretas, foi, sem dúvida, a incapacidade de se conferir um caráter nacional às lutas. Por mais que tivéssemos, no auge do processo, diversas reitorias de universidades ocupadas simultaneamente, a luta ainda permanecia restrita às universidades, e não se unificou como uma única e mesma luta contra o governo. É daí que se depreende, claramente, a importância da construção de uma nova entidade para avançarmos concretamente em nossas lutas.


Nova entidade: as tarefas da juventude diante da crise


Mas como se dará a construção de uma nova entidade? Diversos setores do movimento têm argumentado, corretamente, que este não pode ser um processo artificial, superestrutural, que apenas crie uma nova direção para o movimento. Uma entidade surgida nesses marcos, sem dúvida, não seria capaz de reorganizar pela base o movimento estudantil.

Mas é justamente aí que o movimento estudantil entra no “círculo vicioso” que o mantém preso às suas próprias debilidades. Se nós temos clareza de que uma nova entidade não pode ser construída artificialmente e, igualmente, percebemos a grande necessidade de construí-la para obtermos vitórias em nossas lutas concretas, é nossa tarefa ir para o dia-a-dia das lutas, discutir com cada DCE, cada executiva de curso, ir a cada centro acadêmico, cada sala de aula, travar este debate com os estudantes, relacionando a necessidade da nova entidade com a concreticidade das mobilizações que construímos, como é o exemplo da atual luta em defesa da meia-entrada.

No entanto, observamos por muito tempo este debate sendo relegado a um segundo plano pela corrente majoritária da Conlute, abandonado, tratado como algo externo à realidade das lutas e prejudicial à “unidade” da Frente de Luta. Esse equívoco, sem dúvida, significou um atraso muito grande para o necessário processo de construção a longo prazo de uma nova entidade, colado com as lutas. Afinal, se o processo não se unifica às nossas lutas concretas, ele nunca deixa de ser artificial. E, como ainda é artificial, o movimento não pode decidir por dedicar-se à construção de uma nova entidade, porque não queremos que ela seja superestrutural. Está fechado o círculo, e o movimento fica preso às suas limitações.

Para que o círculo seja rompido e o movimento estudantil possa avançar, é necessário compreendermos a construção de uma nova entidade e as lutas de base como um único e mesmo processo. É justamente por isso que não podemos abandonar o debate da reorganização para construir “unidades” artificiais, em marcos rebaixados, que ignoram uma necessidade real do movimento estudantil e deixam a importante tarefa política da reconstrução de um movimento unificado nacionalmente “para depois”, um futuro abstrato e distante e, assim, impedem que as próprias lutas que estariam supostamente sendo “garantidas” e “privilegiadas” alcancem seus objetivos.

Defendemos, portanto, a construção de uma nova entidade pela base. Para isso, precisamos assumir essa tarefa e, mais do que isso, a responsabilidade de imprimir ao dia-a-dia de nossa militância o conteúdo político da construção desta nova entidade. Apenas assim ela surgirá do calor das lutas e não será artificial. O Congresso Nacional de Estudantes, como expressão de todo o processo de reorganização do movimento estudantil, precisa refletir as lutas que travamos, unificar um programa para enfrentar a crise, defender a educação e, ao mesmo tempo, criar um instrumento capaz de unificar organizativa e politicamente este programa.

Por isso, esse momento que antecede o Congresso, a própria tirada de delegados em todo o país, precisa refletir esta política. Precisamos de um Congresso com amplo processo de construção pela base, para reunir e representar uma grande parcela do corpo discente de nosso país e criar as condições para que este seja o marco conjuntural e o espaço de criação de uma nova entidade nacional, que esteja efetivamente presente no dia-a-dia das lutas e reunificando o movimento por um viés classista.

É nossa tarefa, portanto, sermos conseqüentes com o debate da reorganização e da construção de uma nova alternativa para o ME desde já, assumindo o compromisso político de construir esse debate pela base. É importante que nos entendamos enquanto vanguarda de um processo em curso e se não temos os estudantes convencidos de que é preciso construir um novo Movimento Estudantil, através da construção de uma nova entidade, é nosso papel, nossa tarefa, nosso desafio elaborar e criar sólidos argumentos para convencer nossos colegas. Não solidificar esse processo é rumar para o caudismo, estar na retaguarda da reorganização dos estudantes, não na vanguarda. É possível sonhar, ousar, lutar e vencer, mas precisamos criar e recriar os instrumentos para atingirmos nossos fins.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Sobre o novo Movimento Estudantil: saiu no JB

Na última semana, o Jornal do Brasil publicou matéria sobre o novo Movimento Estudantil. Segue abaixo a carta enviada pela Professora Vera Salim, publicada na edição seguinte, assim como a carta na íntegra escrita pela ex-vice-presidente da AdUFRJ-SSind:

Um Novo Movimento Estudantil

Parabéns ao JB pela reportagem sobre o novo movimento estudantil (edição 11/01/2009).

Devo, no entanto, registrar a minha total discordância com as afirmações de Vladimir Palmeira (PT/RJ), contidas nesta reportagem.

Entre tantas destaco: “O problema não é contestar ou não o governo” e “...eles formulam demandas inadequadas que pouco têm a ver com o cotidiano do estudante”.

Todos nós, que vivemos diariamente nas Universidades Públicas, lutando pela manutenção da sua excelência, sabemos que as lutas travadas por estes estudantes não estão isoladas ou descoladas do cotidiano da vida universitária.

Nossos estudantes se posicionaram criticamente e combateram o Reuni e Prouni, programas que, como bem mostrou o JB nesta mesma edição, influenciam sim a vida de todos os nossos estudantes, pois alteram a concepção e a qualidade da sua formação superior.

Nossos combativos estudantes, pertencentes a este novo movimento estudantil, também realizaram duras batalhas reivindicando bebedouros, bandejão, alojamentos, bolsas estudantis etc. e denunciaram gastos irregulares de seus dirigentes, só para citar alguns dos tantos exemplos de lutas. Isto tudo, certamente ao contrário do que afirma Vladimir Palmeira (PT/RJ), tem a ver com o cotidiano de nossos estudantes, em todo o território nacional.

Da mesma forma, denunciar que a UNE se tornou um braço de sustentação do Governo Lula é obrigação política deste novo e real Movimento Estudantil.

Como mostra esta mesma reportagem ao receber repasses de 4,4 milhões dos cofres públicos, a UNE mostra uma total dependência do governo federal, ferindo os princípios básicos de autonomia e não atrelamento de todo movimento social.

Prof.ª Vera Salim
COPPE /UFRJ
Ex Vice Diretora da ADUFRJ-SSind ANDES
Militante do Coletivo Marxista

Abaixo segue a matéria publicada no Jornal do Brasil:

Um novo movimento estudantil
Jornal do Brasil



BRASÍLIA - “Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu? Aqui está presente o movimento estudantil”. O grito de guerra, entoado efusivamente em praticamente qualquer manifestação estudantil realizada nos últimos meses, ilustra a tentativa de estudantes engajados de esboçar uma resposta para a paralisia política atribuída ao movimento estudantil desde que os chamados caras-pintadas coloriram as avenidas do país.


Mais de 16 anos depois da saída forçada do ex-presidente Fernando Collor de Mello e muitas ocupações de reitoria depois, os estudantes, aos poucos, voltam a mostrar suas caras e, para muitos daqueles que participam ativamente desse ressurgimento, a nova fase de mobilizações encontra forças numa fonte inusitada: a quebra do monopólio da União Nacional dos Estudantes sobre a direção do movimento.


Uma das evidências indicando que a UNE hoje enfrenta concorrência para se manter na liderança dos estudantes são as eleições de Diretórios Centrais de Estudantes. Em algumas das principais universidades públicas brasileiras (confira quadro), grupos políticos de oposição à UNE, formados por estudantes vinculados a partidos menores e sem expressão parlamentar, como o PSTU, faturaram eleições recentes e fizeram as chapas encabeçadas pela União da Juventude Socialista, braço estudantil do PCdoB que há décadas comanda a UNE, amargarem derrotas dolorosas.


O caso mais recente foi também um dos mais significativos. Nas eleições para o DCE da Universidade de São Paulo, no final do ano passado, estudantes independentes e ligados ao PSTU ganharam as eleições para o diretório com mais de seis vezes o número de votos recebidos pela chapa formada por militantes do PCdoB e do PT.


– Nossa vitória expressa o fortalecimento de uma alternativa no movimento estudantil – comemora Gabriel Casoni, novo diretor do DCE da USP. – Os DCEs são importantes porque estão mais próximos dos estudantes, têm mais capacidade de diálogo com eles. Historicamente, foram os DCEs que articularam o movimento em momentos decisivos.


Outras universidades
Antes da USP, estudantes de outras instituições tradicionais, como da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade de Brasília (UnB) já haviam escolhido o mesmo caminho e rechaçado um DCE ligado à UNE. Não só isso, em outros estabelecimentos, como na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), chapas formadas por estudantes que integram a UNE, mas se colocam na oposição interna à sua direção, hoje comandam os DCEs.


– Na campanha, quando passávamos nas salas de aula e explicávamos para os estudantes que a chapa adversária era formada pelas figuras que não queriam a ocupação, sentíamos a reação do pessoal à UNE na hora – lembra Casoni, se referindo ao período em que estudantes da universidade tomaram a reitoria por 51 dias em maio e junho de 2007 reivindicando, entre outros pontos, a retirada de decretos do governo estadual.


As ocupações de reitoria foram o grande divisor de águas que colocou um fim ao predomínio absoluto da UNE sobre o movimento estudantil. A grande maioria delas foi motivada como forma de manifestação contrária ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni, iniciativa do governo federal de ampliação do Ensino Público Superior brasileiro apoiada pela UNE.


Na última mobilização estudantil de impacto, em que estudantes ocuparam a reitoria da UNB para exigir a demissão do então reitor da UnB, Timothy Mulholland, após denúncias de gastos irregulares com os recursos fundação de fomento à pesquisa ligada à universidade, a UNE reviu suas diretrizes anteriores e participou ativamente das atividades de ocupação.


– Mas não tenho dúvidas de que eles resolveram participar da ocupação para ver se recuperavam um pouco do filme queimado deles – ressalta Lucas Sallas, estudante de História que participou das manifestações. – O tempo inteiro eles atuavam nas assembléias para impedir que a pauta se ampliasse do reitor para o Reuni, para impedir a politização e manter o governo e seu programa intacto.


Entidade recebeu R$ 4,4 milhões dos cofres públicos


A proximidade entre a UNE e o governo federal é um dos aspectos mais criticados por grupos insatisfeitos com os rumos da entidade. Além da defesa de muitas das políticas governamentais, a questão do repasse de verbas federais para a entidade é apontada por muitos como um fator a minar a postura contestatória que historicamente foi a marca da UNE.


Em 2008, de acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), foram R$ 4,4 milhões diretamente para os cofres da entidade. Quase R$ 3 milhões sob a rubrica “Gestão da Política de Saúde”, do Ministério da Saúde, e o restante em outras como “Cultura, Identidade e Cidadania” e “Engenho das Artes”, do Ministério da Cultura. Oficialmente, são recursos que auxiliam a entidade a realizar iniciativas de interesse público como a “Caravana da Saúde da UNE” e eventos culturais.


– O problema não é contestar ou não o governo – avalia Vladimir Palmeira (PT-RJ), um dos principais líderes do movimento estudantil nos anos áureos da UNE, na década de 1960. – Não é uma questão específica da UNE. O conjunto das vanguardas políticas estudantis há muito não consegue dar soluções para o movimento. Elas reproduzem experiências do passado e formulam demandas inadequadas que pouco tem a ver com o cotidiano do estudante.


Segundo Palmeira, outro problema é que alguns líderes do movimento se afastam dos estudantes porque estão mais interessados em utilizar a entidade como uma espécie de trampolim para uma carreira política.


– Às vezes, o líder estudantil só está interessado em fazer uma pré-carreira política e ser eleito vereador ou algo parecido logo – critica. – É preciso discutir como a universidade vai interagir com a sociedade e como vai servir ao desenvolvimento do país. Mas essa reflexão hoje é abaixo da crítica. (R.B.)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Almoção pelo Bandejão - 10/09/2008

No dia 10 de setembro, o DCE Mario Prata organizou um Almoção como manifestação pela construção do Bandejão Central no Fundão e bandejões em outros campi da UFRJ. Cerca de 150 estudantes participaram da atividade, enquanto em diversos locais do país reitorias eram ocupadas, demonstrando a presença do novo Movimento Estudantil.
Gabriel Marques, representante discente no CONSUNI e do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, esteve presente na Praia Vermelha para saudar a presença dos estudantes no Almoção: "Segunda-feira os estudantes da UNIR entraram em greve; ontem (terça) a Reitoria da UFSJ foi ocupada e a UERJ protagoniza um grande momento de luta ocupando a Reitoria também. Na UFRJ, é preciso avançarmos a luta contra o REUNI. Infelizmente, a gestão do DCE Mario Prata, que diz ter sido eleita para barrar o REUNI, tem deixado a desejar. Precisamos construir grandes mobilizações para não permitir a implantação do Plano Diretor de Aloisio Teixeira e incluir a pauta do Bandejão nessa luta!", falou Gabriel.
Depois da participação de 70 estudantes da EEFD no último ato no Conselho Universitário, contra as diretrizes do Plano Diretor, a gestão Quem Vem Com Tudo Não Cansa do Centro Acadêmico de Educação Física e Dança propôs realizar o ALMOÇÃO também no Varandão da Unidade. Cerca de 100 estudantes comeram a macarronada e demonstraram disposição para novas lutas em defesa da Educação Pública, gratuita e de qualidade, construindo o novo Movimento Estudantil para garantirmos grandes vitórias.



FOTOS DO ALMOÇÃO NA EEFD



Centro Acadêmico de Educação Física e Dança realiza os preparativos para a atividade.

Instrumentos de percussão e palavras de ordem tomaram conta do Varandão.


Novos estudantes participam da manifestação.



Os estudantes de Educação Física e Dança, mesmo com fila, continuam empolgados.



"Na Urca, no Centro, no CAp e no Fundão, o estudante quer a construção do Bandejão"

"Ô Aloisio, assim não dá, eu sem comer, e você no caviar"

Luiz Carlos "Monstro", do CAEFD e do DCE pelo Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, conclama todos para a luta contra o Plano Diretor de Aloisio Teixeira e o REUNI de Lula.