Quem somos

O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa surgiu na UFRJ em 2005, fruto de um processo de aglutinação de estudantes interessados na construção de um novo movimento estudantil. Identificávamos que o governo Lula/PT, por contar com amplo apoio de setores estudantis, encontrava caminho facilitado para a introdução de contra-reformas que avançavam no processo de mercantilização da Educação. Para barrar tal processo, defendíamos e seguimos defendendo que os estudantes buscassem construir, através das lutas do dia-a-dia, um novo marco organizativo que se opusesse à União Nacional dos Estudantes (UNE). Burocratizada e convertida num ministério estudantil do governo, a UNE sepultara uma história de décadas de lutas para se converter num grande entrave para aqueles que seguiam em defesa de uma Educação pública, gratuita e de qualidade. Os acontecimentos que marcaram as ocupações estudantis de Reitorias ocorridas por todo o país no ano de 2007, em resposta ao projeto do REUNI de Lula/PT, atestaram o acerto da nossa análise: enquanto a UNE se posicionava publicamente contra as ocupações e a favor do projeto, os estudantes mobilizados não contavam com nenhum instrumento capaz de unificar suas pautas e arrancar vitórias concretas.

Apesar do impasse, o cenário demonstrava que havia um importante espaço em potencial para a reorganização do movimento estudantil. Assim, em 2009, nosso movimento se somou à construção do Congresso Nacional dos Estudantes, realizado na Escola de Educação Física da UFRJ, e que contou com a presença de milhares de estudantes de todo o país. Orientamos nossos esforços em defesa de um novo movimento estudantil voltado para a base, definitivamente rompido com a UNE e disposto a construir uma nova entidade representativa. Essa nova entidade não poderia ser apenas uma outra logomarca a ser estampada em camisas, bandeiras e adesivos, mas sim algo substancializado, com forma e conteúdo advindos da luta e da organização gradual dos estudantes. Porém, em oposição àquilo que sempre defendemos, percebemos que os setores situados no campo antigovernista vêm persistindo numa lógica que privilegia a disputa pela direção do movimento estudantil em detrimento da opção concreta por solidificar o novo.

A Greve Nacional da Educação de 2012 e as recentes mobilizações de massa em todo o país comprovam mais uma vez a existência de uma forte oposição à situação crítica que os anos de privatização e precarização dos serviços públicos nos trouxeram. Na greve, os estudantes formaram o Comando Nacional de Greve Estudantil (CNGE), um importante instrumento para dar suporte às suas reivindicações. Tratava-se de uma arma eficaz, legitimamente construído no calor das lutas, e que, pela natureza destas, colocava em xeque a atuação da UNE, que orientava-se por tentar frear o movimento grevista. Após a greve, o CNGE dissolveu-se, mas seu exemplo prático nos mostrou ser possível canalizar as aspirações dos estudantes para uma nova concepção de movimento estudantil que combine combatividade e organicidade.

E nós, do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, achamos que essa tarefa histórica é de extrema importância para intervir nos rumos que a Universidade pública, a Educação e o país irão tomar!
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