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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Passeio pela UFF



A sociedade capitalista nos coloca em movimentos tão rápidos que nem nos sobra tempo de analisar alguns pequenos detalhes a nossa volta. Alguns arquitetos alertam para o fato de que as construções de prédios estão cada vez mais retas, já que a população não tem mais tempo de admirar os detalhes do desenho feito pelo arquiteto, planejado pelo engenheiro e erguido pelo operário. Inquieta, uma  professora da UFF propôs aos seus alunos um  passeio pelo campus do Gragoatá e, com olhar curioso, observar aquilo que mais nos chama a atenção.

Logo no começo da minha caminhada observei um grafite no muro que dizia: “Ufa!!! Passei para UFF”. A expressão de alívio nos mostra o quanto é difícil ingressar numa universidade pública, pois os estudantes têm de passar pelo complicado processo do vestibular, o qual veta da universidade os candidatos de origem pobre e que passaram por uma educação básica de péssima qualidade, oferecida pelos governos de todos os níveis.

Caminhei mais alguns metros e vi alguns prédios em construção, obras todas atrasadas. São os prédios do REUNI, "contra-reforma" que precariza o ensino superior e se traduz em salas de aulas superlotadas, falta de assistência estudantil, etc. Compreendi que meu entendimento sobre o atraso das obras e sobre o REUNI vêm das minhas experiências anteriores de luta no movimento estudantil e dos estudos que fiz sobre o decreto da "reforma" universitária. Fica claro que o nosso ponto de vista é influenciado por nossas vivências.

Depois de observar os prédios, o meu olhar se dirigiu para o Bandejão e seu aspecto precário, mas que, apesar de tudo, ainda mantém e forma muitos trabalhadores. Outra observação importante foi a de uma barraca de camping com um cartaz que dizia: “queremos alojamento!”. Me surgiu a pergunta que que reitor nenhum gosta de responder: por que não é prioridade da reitoria ter assistência estudantil na universidade? Caminhei mais alguns metros e vi os trabalhadores terceirizados da portaria, uma outra pergunta me veio: por que eles não são trabalhadores efetivados, servidores públicos com direitos assegurados?

Terminando minha caminhada observei a área esportiva da UFF, onde poucas pessoas utilizavam o espaço. Outro 'porquê' veio à minha cabeça: por que é que o governo não incentiva a utilização do espaço pela população? Certamente porque a privatização da universidade fica mais fácil com a exclusão da população. Por fim, passei novamente pelos grafites no muro e pensei numa outra expressão que certamente é repetida pelos filhos da classe trabalhadora na sua formatura: “Ufa!!! Me FORMEI na UFF”. Porque sem assistência estudantil, com privatização dos espaços, etc., fica muito difícil a permanência na universidade!

Thiago Coqueiro Mendonça (estudante)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Greve: e agora?





Estamos em um momento histórico, não só para a educação, sobretudo o ensino superior, quanto para toda a sociedade. Entendemos que a greve docente em 53 Instituições Federais de Ensino dentre um total de 59, contando com a adesão de técnicos-administrativos e estudantes em mais de 20, é uma resposta da sociedade às políticas nefastas que se materializam contra o trabalhador. É também resultado claro do fracasso da Reforma Universitária inciada no governo Lula/PT, reforma que nunca atendeu às expectativas populares. Nessa perspectiva, a ação do movimento estudantil ganha uma importância ímpar nos debates travados contra o Governo, principalmente quando buscar marcar uma ruptura e diferenciação clara em relação às suas políticas.

Contudo, o cenário do movimento estudantil ainda é muito preocupante no tocante às suas ações e capacidade de mobilização. Ainda que entendamos todas as atuais limitações das mobilizações populares causadas pela lógica individualista e competitivista imposta pelo nosso modelo de sociedade, onde o “nós” torna-se irrelevante perante o “eu”, afirmamos que as ações do movimento estudantil, sobretudo na UFRJ, nossa principal base de atuação, estão muito aquém do que deveriam estar. A gestão majoritária do DCE-UFRJ, mais preocupada em fazer atividades de propaganda, evita travar o necesssário debate na base dos estudantes, optando por adotar políticas de atos no CONSUNI, um espaço burocratizado e anti-democrático, onde a possibilidade de vitória é irrisória ou não se concretiza por não sair do papel. Ou seja, canta-se vitória a partir de intenções ou falsas promessas de uma reitoria submissa às políticas governamentais que tanto nos prejudicam. As sessões com estudantes no CONSUNI por vezes terminaram esvaziadas, com os estudantes já exaustos da fantasia, pois não é interesse dos grupos majoritários do DCE fazê-los contar com suas próprias forças no seu dia-a-dia. Além disso, vemos a UNE exercendo muito bem o papel de capacho do governo federal, sendo bancada pelo mesmo, assinando suas propostas e fazendo de tudo para desacreditar a movimentação dos estudantes. A luta não interessa à UNE, e denunciar o papel que essa entidade cumpre é fundamental para que pensemos nos nossos novos instrumentos de luta com capacidade de aglutinar os estudantes de todo o país.

O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, compreendendo a relevância histórica do movimento estudantil para a discussão dos rumos não só da Universidade, mas também da sociedade como um todo, assevera a impossibilidade de vitórias concretas no seguimento dessas linhas políticas supracitadas, muito em virtude da falta de diálogo nas bases, onde observamos que muitos daqueles que não encontram canais para construir a greve docente/discente/técnica não o fazem devido à falta de informações e falta de diálogo das entidades que deveriam fazê-lo. Com isso, é nosso papel buscar sempre travar os debates com os demais estudantes, pois não pretendemos realizar ações messiânicas, ou sermos vendedores de verdades absolutas. Nossas ações devem se balizar na formação de todos e no debate correspondente ao cotidiano discente, justamente por entender a necessidade da formação de uma sociedade mais consciente, crítica e combativa, e repudiar a formação de grupos corporativizados de manobra, o que acaba, de uma forma ou de outra, resultando das políticas da atual gestão do DCE.

Sendo assim, nesse contexto de greve geral, algo de uma relevância ímpar, sobretudo tendo em conta o imobilismo da última década ou mais, consideramos fundamental a participação estudantil na construção de uma greve que não só poderia nos valer conquistas imediatas, mas também a formação de pessoas que levariam consigo valores como a criticidade, combatividade e solidariedade, em detrimento dos valores propalados por este modelo de sociedade que vemos hoje: egoísmo, individualismo e competitivismo, entendendo que o espaço universitário não é apenas de formação técnica-reprodutora, mas sim de formação humana! Por isso convidamos todos para comparecerem em nossas atividades de greve, para que possamos travar os debates necessários, onde a construção seja coletiva e que não apenas deliberemos sobre verdades que querem nos impor. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Todo apoio à greve estudantil de medicina em Macaé!Declaração do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa

O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa declara, nesta carta, seu total apoio à greve dos estudantes de medicina da UFRJ, campus de Macaé. A situação do curso de medicina é caótica:, faltam professores, estrutura física, anatômico, integração com as redes publicas de saúde etc., o que configura um grave ataque à formação desses estudantes que, em breve, serão trabalhadores da área da saúde.

Sabemos que estes problemas têm origem na política de cortes de verbas sistemáticos do governo federal ao orçamento da educação. Além disso, é consequência direta do decreto do Reuni (Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) na UFRJ. Desde 2007, quando da aprovação do Reuni em nossa Universidade, alertávamos aos problemas que o decreto traria:, a falta de verba para dar conta da “anunciada expansão”, que resultaria em falta de estrutura física, déficit de professores, problemas com a assistência estudantil etc. Hoje, os níveis de precarização e sucateamento aumentaram na UFRJ. A situação do curso de medicina de Macaé não é um fato isolado, diversos outros cursos passam por problemas semelhantes. Um verdadeiro absurdo!

Diante destes graves problemas, apoiamos a greve dos estudantes de medicina de Macaé, como importante instrumento de luta para a garantia de suas reivindicações imediatas e de longo prazo.Acreditamos que sua luta é um exemplo a ser seguido por todo movimento estudantil da UFRJ.

Todo Apoio a Greve dos estudantes de Medicina da UFRJ, campus Macaé!
Contra o Reuni!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Texto elaborado pelos estudantes de medicina do campus de Macaé - UFRJ

GREVE GERAL DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UFRJ MACAÉ

Fazendo uso de seus direitos, os alunos do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus Macaé (UFRJ-Macaé), torna público através desta carta manifesto sua insatisfação pela presente situação instalada no âmbito do ensino, a qual compromete diretamente a sua formação acadêmico-profissional.

O Curso teve início há três anos (2009), como parte do Programa de Reestruturação e Expansão da UFRJ, sendo executado através de um anteprojeto apresentado pela Faculdade de Medicina, onde foi “discutida no âmbito dos Departamentos, no Conselho Departamental e em seguida na Congregação da Faculdade de Medicina no dia 27/08/2007”*, no qual foi “aprovada por unanimidade na sua Congregação a criação de nova turma em Macaé com características inovadoras no seu projeto pedagógico”*, de acordo com as Novas Diretrizes Curriculares propostas pelo MEC e “baseados na bem sucedida experiência de trabalho articulado com as prefeituras locais e o governo estadual”*.

Contudo, o que se observou em Macaé foi a não preocupação em se estabelecer uma infraestrutura, física e humana, coerente com a magnitude do projeto. Tendo em vista que o plano de implantação se deu com dois anos de antecedência à realização do vestibular prestado pela primeira turma, era de se esperar que o mínimo de articulação e planejamento tivesse sido efetivado para a implantação do campus, mas não foi o que ocorreu! O que os alunos encontraram em seu primeiro contato com o campus foi: prédios inacabados, ausência de laboratórios e um número escasso de professores, além de uma rede de saúde sem condições apropriadas para receber as práticas de ensino do curso. Atualmente a situação não se inverteu, pelo contrário, agravou-se. Entre outras situações, destacam-se:

Não há hospital conveniado em Macaé que tenha médico diarista. Sem médico diarista, NÃO há como montar um programa de Residência Médica. Sem residência médica não há internato. Sem internato não há curso de Medicina.

A falta do programa de residência médica em Macaé fez com que recebêssemos a menor nota pelo MEC no quesito de articulação com a rede de saúde e infraestrutura. ESTE FATOR INVIABILIZA A POSSIBILIDADE DE NOS FORMARMOS!!!

A quantidade de professores é incompatível com o número de alunos. Esta dificuldade é sentida no ambiente hospitalar, onde há grupos de até 15 alunos por professor - três vezes mais do que o proposto pelo curso.

Os alunos estão sendo alocados em unidades que não atendem a mínima demanda de pacientes nas diversas especialidades, comprometendo o aprendizado.

A rede de saúde de Macaé não comporta de forma estrutural e didática o número de alunos, o qual aumenta a cada semestre. O número de leitos é insuficiente de acordo com o MEC. Como alternativa cogitou-se a utilização de Hospitais de outros municípios da região (Carapebus, Quissamã, Barra de São João). Contudo, estes também têm suas limitações em leitos e estruturas.

Não existe um programa de anatomia adequado para um curso de Medicina. Permanece a utilização de um laboratório provisório, sem cadáveres formolizados e contando com poucas peças plastinadas.

O ciclo básico carece de correlações clínicas e não prepara o aluno para enfrentar o período profissionalizante do curso. As aulas práticas são inexistentes ou insuficientes, apesar do grande número de horas previsto no projeto pedagógico. Disciplinas essenciais simplesmente NÃO FORAM LECIONADAS.

Não existe um número de disciplinas eletivas suficiente para cumprirmos as horas exigidas para a formação. Das três eletivas já oferecidas (Imunizações, Sinais e Sintomas e Inglês Instrumental), duas já não existem mais.

Compor o corpo docente tem sido um grande problema. Concursos são realizados com o objetivo de estabelecer o quadro completo de professores para a realização do período. Ainda assim, há o déficit de docentes, tanto por deficiência na contratação, quanto por evasão, no decorrer do semestre. Os processos de contratação têm demorado muito no campus de Macaé, sem nenhum tipo de priorização de processo por parte da instituição, mesmo cientes de nossa carência.

Em diversas disciplinas a abertura de concursos não soluciona o problema da falta de professores. Citamos como exemplo a disciplina de Radiologia, em que o concurso ficou aberto por 6 meses e não houve inscritos.

No ano de 2011 um grupo de alunos procurou o Ministério Público com a intenção de sanar os problemas que já vinham ocorrendo. Foi proposto pelo ministério um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), concordado pela Universidade, no qual os itens supracitados foram expostos. Prazos para solução foram estabelecidos. O TAC foi assinado, os prazos já expiraram mais de uma vez e nada aconteceu.

Não temos um campo de prática estruturado, nem docentes suficientes, muito menos uma cultura médica local que nos auxilie. Foi observado que, na cidade de Macaé, os profissionais não querem abrir mão de seus salários e rotinas pra se "sacrificarem" ou se comprometerem com a nossa formação.

Ao final disso tudo, para piorar, recebemos o comunicado de que o coordenador e a vice-coordenadora do curso de Medicina pediram a exoneração do cargo por não acreditarem mais na viabilidade e no sucesso do curso. Diante de todos esses acontecimentos e da possibilidade de se formarem médicos com déficits gravíssimos, os acadêmicos não tiveram outra opção, senão a declaração de greve geral por tempo indeterminado, uma vez que não é mais possível sustentar a situação do jeito que ela está.

Pedimos o apoio de todos para reverter o quadro caótico em que nos encontramos e assim, manter a tradição de excelência sustentada pelos 200 anos da Faculdade de Medicina e 90 anos de UFRJ.

Discentes do Curso de Medicina da UFRJ-Macaé.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Eleições CAEFD – Gestão 2011

Nos dias 16, 17 e 18 de Novembro, aconteceram as eleições para o Centro Acadêmico de Educação Física e Dança da UFRJ (CAEFD-UFRJ). Esse ano apenas uma chapa concorreu ao pleito. Apesar de ser chapa única, o processo foi muito importante como parte das lutas travadas ao longo do ano.

Nós, da Chapa 4 – Quem Vem Com Tudo Não Cansa, fizemos do processo eleitoral um momento importante de debate sobre o projeto de Universidade que defendemos. Atrelando as lutas especificas como a construção Imediata do Prédio Anexo da Dança, Reabertura da Sala de Musculação, contratação de professores e funcionários ao debate sobre a reforma universitária, conseguimos dar mais um passo na construção pela base da nossa entidade.

O enfrentamento ao REUNI, o debate de boicote ao ENADE e a necessidade de nos armarmos para os ataques que estão por vir foram a tônica da campanha da nossa chapa que conta com 55 integrantes. Além disso, levamos o debate de que, para enfrentarmos os ataques, necessitamos de um sólido movimento estudantil, independente de governos, que consiga potencializar e unificar as lutas em nível nacional. Infelizmente, sabemos que quem deveria cumprir esse papel – a UNE – hoje defende todos os projetos do governo; por isso, nossa luta também passa por enfrentar o braço do governo no movimento estudantil: precisamos construir uma Nova Entidade Estudantil!

O debate da nossa formação também teve um papel central em nossa campanha. Há algum tempo estamos junto com a Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física (ExNEEF) tocando a Campanha “Educação Física é uma só! Formação Unificada Já!”, sendo assim, lutando contra a divisão do curso de Educação Física.

Resultado das Eleições:

Total de Votos: 501

Chapa 4 – Quem Vem Com Tudo Não Cansa: 497 votos

Nulos: 3

Branco: 1

Sigamos na Luta!

sábado, 20 de novembro de 2010

A Lâmpada - Edição 1

A Lâmpada

RIO DE JANEIRO, OUTUBRO DE 2010 – ANO I – Nº 1


O que é “A Lâmpada”?

Esse é o jornal da Oposição à atual gestão do DASCF! Que vem com uma proposta de discutir e construir com o conjunto dos estudantes da Escola de Enfermagem Anna Nery tudo o que acreditamos que seja melhor para a Enfermagem, para a Educação e para a Saúde Pública!

Por que somos “Oposição ao DASCF”?

-Porque acreditamos que o Diretório Acadêmico, sendo a entidade representativa dos estudantes da Escola de Enfermagem Anna Nery, deveria realmente falar em nome dos mesmos!

-Porque quando se leva a questão política a sério, mesmo sendo chapa única, deve-se apresentar um programa político. Afinal, o estudante pode ainda não concordar com o que lhe é apresentado!

-Porque um Diretório Acadêmico de verdade discute com o conjunto dos estudantes, não só sobre chopadas, mas também sobre o que acontece no Curso e na Universidade!

-Porque um Diretório Acadêmico de verdade vai pra além de espaços físicos com mesa de totó, som, TV, geladeira, sofá confortável e afins!

Queremos discutir:

- Carga Horária, falta de salas de aula, falta de estágio, a situação do HU, ato médico, a qualidade do nosso ensino e maneiras de fazer alguma diferença, enquanto estudante de Enfermagem que somos!

- Projeto de Universidade , somos a favor de expansão de qualidade, diferente da atual política do REUNI de Lula/PT!

- Assistência Estudantil!

- Movimento Estudantil, porque a UNE está burocratizada e defendendo os projetos de educação do governo.

- Nossa formação, nosso currículo.

- Queremos salas de aula com estrutura adequada, porque isso também afeta a nossa formação.

- A defesa do SUS, queremos que ele funcione de forma pública, sem brecha para a iniciativa privada!

- Fundações Estatais de Direito Privado, OS’s, OSCIP’s, esse modelo de gestão está destruindo a saúde publica.

- Piso salarial

O DASCF não faz isso, mas vamos fazê-lo com ou sem DASCF! E o que nos resta a falar é:

Somos Oposição ao DASCF porque nossa voz é muito mais do que isso que vem sendo apresentado!

Ato Médico e Privatização na saúde – Ataques na área da Saúde

Em 21 de Outubro de 2009, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 7703/06, conhecido como Ato Médico, que regulamenta a profissão da medicina subordinando aos médicos os demais setores da saúde. A lógica que orienta o Projeto, centrada na concepção de que cada profissão deve buscar sua “fatia no mercado”, é a de regulamentação pela reserva de atividades da medicina em relação às outras áreas da saúde. Buscando defender o que seria o “terreno da medicina” diante do conjunto dos profissionais do setor, o PL abandona o entendimento das práticas de saúde centradas na compreensão do paciente enquanto um sujeito integral, e o substitui por uma compreensão fundamentalmente mercadológica.

Esse contexto formulado pelo Conselho Nacional de Medicina traz à tona a discussão do papel dos conselhos profissionais, pois ao mesmo tempo em que são órgãos privados que regulamentam a profissão – e não o setor público com os direitos trabalhistas conquistados historicamente pelos trabalhadores – realizam a divisão de mercado com garantia de reserva para segmentos específicos, nesse caso o dos médicos. Ao mesmo tempo, burocratiza-se esse setor: o médico terá ingerência sobre todos os outros tratamentos, tornando-se “mais importante” do que os demais profissionais da saúde.

Isso quer dizer que os princípios do Ato Médico tiram a autonomia dos demais atores da saúde, entrando em choque com os princípios de eqüidade, universalidade, integralidade e controle social do SUS, pelos quais todos os profissionais se complementam, e o paciente é tratado como uma pessoa e não por partes. O projeto fere, também, o princípio da descentralização, já que o médico centraliza os demais setores, inclusive o de gestão hospitalar.

Enquanto isso, as condições dos hospitais públicos e postos de saúde se encontram bastante precárias, com filas intermináveis, falta de medicamentos e materiais, falta de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e funcionários. Os princípios do SUS de acesso universal e igualitário a ações e serviços; participação comunitária; rede regionalizada e hierarquizada; descentralização e outros foram deixados de lado pela degradação exercida pela retirada de verbas, característica da política neoliberal para a saúde. O projeto de Fundações Estatais de Direito Privado, forma mais avançada na saúde do projeto neoliberal iniciado por Collor, continuado por Itamar Franco, consolidado por FHC e aprofundado por Lula, além de desobrigar o Estado e abrir caminho para as empresas, consolida ainda mais claramente a política de transferência dos recursos públicos para o setor privado, representando os interesses dos hospitais privados e planos de saúde e deixando a classe trabalhadora sem condições de atendimento. Essa política é facilmente constatada ao observamos que, do percentual do PIB destinado à saúde, grande parte é aplicada na chamada saúde “suplementar”, de caráter privado e que assume a prioridade dos investimentos públicos.

A aprovação do Ato Médico vai aprofundar a crise na saúde: implica diretamente num atendimento de menos qualidade para a classe trabalhadora, pautado por uma lógica que ignora a complexidade do indivíduo e se orienta pela “repartição” do paciente em diversas fatias, cada uma rentável a determinado segmento profissional. O Ato Médico, assim, alimenta a concepção de saúde neoliberal e propõe uma prática adequada ao modelo das Fundações Estatais de Direito Privado, ignorando os programas de promoção e prevenção em saúde característicos do SUS e centrando a política de saúde na doença. A concepção de saúde apenas como ausência de doença, ignorando a integralidade do indivíduo e suas relações com o meio social em que está inserido, apresenta o médico, que diagnostica e trata as doenças, como único responsável pela reabilitação e delegação de tratamentos a serem efetuados por outros profissionais de saúde, abandonando o importante princípio das práticas multiprofissionais em saúde.

A luta contra o Ato Médico perpassa pela concepção de saúde e de sociedade que necessitamos, pois vemos os hospitais e os postos de saúde em constante degradação, e qualquer epidemia trata de trazer à tona isso, os trabalhadores madrugam nas filas para conseguirem atendimento, as emergências funcionam em macas em corredores, não temos políticas preventivas eficientes, os funcionários da saúde ganham pouco para o tamanho desgaste, há falta de concursos públicos para suprir o quadro de falta de funcionários, e agora a reserva de mercado só vai burocratizar o atendimento, rebaixar os profissionais de saúde, burocratizar o médico, e intensificar a piora nos atendimentos, isso tudo para garantir os lucros dos empresários do setor da saúde.

Precisamos lutar em defesa da Saúde Pública! Contra a Privatização da Saúde!

Saúde não é mercadoria!



Por que o Reuni é prejudicial à educação?

Um dos mais importantes temas de discussão dentro da Universidade hoje é o Reuni. Você já ouviu falar? Sabe em que contexto ele se insere? Imagina como anda seu debate pela UFRJ? Pois é, nesse texto tentaremos explicar resumidamente que bicho é esse!

O Reuni é o “Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais”, que foi colocado pelo governo em abril de 2007 como forma de decreto. E é esse um primeiro ponto a ser pensado aqui: é um decreto! Não uma sugestão, um plano, um projeto.... O Reuni coloca que somente as universidades que se adequarem às medidas do decreto receberão um adicional de 20% em sua verba. Por isso, entendemos que o Reuni é uma chantagem que o governo coloca às universidades. Depois de anos e mais anos de corte de verba e um progressivo processo de privatização, é colocado esse projeto, que quer ditar o futuro de nossa educação, em troca de uma “migalha” de verba. Por que essa verba não pode vir para um projeto que seja fruto de uma discussão feita na própria universidade? Por que é o governo que de cima para baixo quer impor um modelo de Universidade? Desse modo, é correto afirmar que o Reuni fere em cheio a nossa tão essencial autonomia universitária.

E mesmo a verba que o Reuni promete está “condicionada à capacidade orçamentária e operacional do Ministério da Educação”. Ou seja, nem está totalmente assegurada a verba! O orçamento de 2008 do governo federal previa para o REUNI o montante de R$ 480 milhões a ser destinado a todas as Universidades Federais que aderirem ao decreto. Considerando que as 53 universidades federais aderiram, a média para cada Universidade é de, aproximadamente, R$ 9 milhões. A exemplo da UFRJ, essa projeção sequer seria capaz de saldar as dívidas da instituição, que giram em torno de 50 milhões de reais.

Mas o que diz afinal o decreto? Ele coloca diversos pontos que versam sobre a reestruturação das universidades e alguns deles não podem deixar de ser comentados... Ele estipula, por exemplo, que a relação professor:aluno deva ter uma média nacional de 1:18, quando hoje ela é de aproximadamente 1:10. Ou seja, pretende diminuir a quantidade de professores em relação à de alunos. Em qualquer processo de aprendizagem, está claro que grupos pequenos têm melhor rendimento que aqueles com muita gente. Na Enfermagem, isso é evidente quando algumas aulas necessitam ser realizadas em grupos menores... Imaginem a aula prática de anatomia!

Além disso, há a recomendação de que as Universidades se adaptem ao modelo de bacharelado interdisciplinar. Isso quer dizer que todos os cursos terão um ciclo básico de três anos, depois dos quais os estudantes receberão um diploma de bacharel em artes, tecnologia, ciências biomédicas ou humanas. Você entendeu? As pessoas ingressariam em uma dessas grandes áreas e para quem quisesse um diploma de verdade (por que o que se faz com um diploma de “bacharel em ciências biomédicas”??), haveria um novo processo de seleção, pelo qual aquele que passasse ingressaria no que eles chamam de ciclo profissional... Obviamente, o número de vagas para a graduação plena será muito menor que o dos bacharelados. Isso tudo pode parecer bom, pois passa uma idéia de interdisciplinaridade e do fim da escolha precoce da profissão. O problema é que na verdade esse sistema, além de criar mais um funil (já que apenas os mais “destacados” poderiam completar a formação), transformaria a universidade em uma fábrica de emitir diplomas, na modalidade de verdadeiros “escolões”, com salas de aula super lotadas e pouca qualidade de ensino. É essa a expansão da universidade que queremos?

É importante lembrar que não somos contra o aumento de vagas na Universidade, a democratização do ensino e nem de uma mudança na estrutura acadêmica. O problema é que essas bandeiras históricas do movimento estudantil e de docentes devem ser conquistadas por completo: ou seja, sem que a qualidade de ensino fique prejudicada. E não é isso que o Reuni coloca...

Existe uma óbvia conclusão dessa história toda: se as medidas fossem boas, não haveria necessidade de serem colocadas autoritariamente. Certo? Mesmo aqueles que gostam do conteúdo do Reuni terão que concordar que não se pode fazer uma grande reestruturação do meio universitário sem que a comunidade possa entender, questionar e sugerir sobre o assunto. Mas o governo Lula/PT e a reitoria da UFRJ não queriam discutir e precisavam empurrar goela abaixo dos estudantes, professores e funcionários esse decreto. Em 2010, completam-se três anos de aprovação do REUNI na UFRJ e é claro como está afetando nossa vida: filas quilométricas no Bandejão, caos no transporte, falta de sala de aula, falta de professor, enfim, inúmeros problemas que nos atingem diariamente.


Não podemos nos conformar! Nesse sentido fica o convite para todos os estudantes de Enfermagem e do CCS para a luta pela Universidade Pública, gratuita e de qualidade.

A luta é pra vencer!


Informes

O Hospital Universitário será implodido no dia 19 de dezembro às 8 horas da manhã. As aulas estarão suspensas no CCS a partir do dia 10 de dezembro.

É gente, depois de anos e anos sem investimento e sem um projeto conseqüente, a implosão do HU é um exemplo de precarização da educação! Fruto de sistemáticos cortes de verbas!

Precisamos ficar atentos a isso!

Nos dias 27 e 28 de novembro na Escola de Educação Física e Desportos acontecerá o I Encontro do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa.

No encontro serão debatidos temas como Universidade, Movimento Estudantil, Opressões e muito mais.

Quem quiser participar do encontro está convidado!

Participe!


Um pouco de Poesia

Nada É Impossível De Mudar

Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar

Brecht.

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Maria – Tel: 7617-4351 E-mail:

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sigamos com tudo sem cansar!

O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa entende que, para ser conseqüente na luta por uma universidade publica, gratuita e de qualidade, é necessário dialogar no dia-a-dia com os estudantes sobre a real situação que enfrentamos e não só no período de eleições. Nesse sentido, esse texto é uma forma de trazer os informes da UFRJ e convidar a todos os estudantes que estejam interessados e dispostos a lutar com a gente.

Por uma UFRJ pública, gratuita e de qualidade, contra o Reuni de Lula/PT!

A UFRJ se encontra num momento delicado e não é difícil sentir na pele tal situação. Se olharmos ao nosso redor, perceberemos que na maior Universidade Federal do país, as salas de aula estão lotadas, faltam ateliês, faltam laboratórios, e os existentes em grande parte servem a interesses privados; as bolsas são insuficientes e possuem um valor reduzido, que não condiz com a demanda dos estudantes; nossos dois bandejões (conquista da luta dos estudantes) passam longe de atender à demanda da comunidade universitária. O Hospital Universitário totalmente precarizado, conseqüência de anos de falta de investimento, terá sua perna seca implodida no início de dezembro, praticamente terminando com as aulas antes do período letivo. Um anel rodoviário, que piorou o congestionamento dentro do Fundão, sendo assim, aumentando o caos no trânsito. Além disso, ainda temos um déficit na contratação de professores e técnicos-administartivos. Sabemos que esses problemas se agravaram ainda mais nos últimos anos, fruto da aprovação do REUNI na Universidade. A “expansão” implementada pelo Reuni mostra sua real face cotidianamente com um inchaço sem qualidade da universidade, o que piora com o anúncio de que as verbas para o decreto, que já não eram suficientes, se esgotaram!

E os problemas só aumentam!

Além dos problemas diretamente relacionados ao decreto do REUNI, recentemente vimos o episódio da entrada da polícia civil no campus da Praia Vermelha para prender o trabalhador da Xerox do Serviço Social, um verdadeiro ataque a toda comunidade universitária e que levantou debates acerca da segurança, o qual achamos que a presença de qualquer tipo de polícia dentro dos campi não é a solução. Portanto, reivindicamos concurso público para segurança, além do debate sobre assistência estudantil, que defendemos a construção de bandejões em todos os campi, reforma e ampliação do alojamento, aumento na quantidade e no número de bolsas, passe-livre, creches universitárias para as mães estudantes e etc, reivindicações que se chocam frontalmente com as metas do REUNI. Outro episódio que precisamos ficar atentos é sobre a volta da posse do terreno do Canecão para a UFRJ: a Reitoria já tem planos de firmar uma parceria publico-privada, colocando assim o Canecão nas mãos da iniciativa privada, defendemos o uso do terreno para fins acadêmicos, científicos e culturais pela comunidade universitária, abrindo as portas para toda população a preços populares.

A resposta dos estudantes!

Diante de tudo isso, a gestão majoritária do DCE se encontra novamente paralisada sem ter uma resposta concreta de enfrentamento ao REUNI, a não ser por eventos de propaganda. Uma gestão com atuação superestrutural e alianças com a Burocracia Universitária fazem com que o movimento estudantil da UFRJ não tenha um papel tão decisivo como em outros momentos. Nesse sentido, ratificamos a necessidade de um DCE como ferramenta fundamental de construção de lutas na Universidade.

A todo esse cenário se soma a necessidade de fazer uma avaliação do movimento estudantil geral. A nossa velha representante, a UNE, além de abandonar a luta dos estudantes, passou para o lado do governo, ajudando na implementação das reformas neoliberais para a Educação. Por isso, precisamos criar um novo instrumento que potencialize as lutas do movimento estudantil combativo. Recentemente, foi criada a ANEL, que foi propagandeada como uma nova entidade estudantil pelo setor majoritário. Mas há um problema de conteúdo com a ANEL, ela não possui um programa de ruptura com a UNE, e se coloca como um instrumento de barganha assim como aconteceu em outros fóruns construídos pelo movimento estudantil. Precisamos criar uma Nova Entidade Estudantil pela base e com um programa de ruptura com a UNE.

O Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa faz um chamado a todos os estudantes: se incorporem nessa luta decisiva e vamos todos juntos com tudo e sem cansar! Venha nos conhecer!

Contatos

Fundão: Luiz (8188-4267), Maria (7617-4351) Centro: Mauricio (9608-0523) Praia Vermelha: Sabrina (9591-6281)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Carta aos estudantes da UFRGS sobre o processo eleitoral do DCE


O DCE da UFRGS, uma das entidades estudantis mais importantes do país, encontra-se atualmente com uma gestão totalmente vinculada aos interesses dos grandes empresários, banqueiros e governos. A atual gestão defende e apóia o governo de Yeda Crusius (PSBD), o qual avança em passos largos no sucateamento da saúde e educação (vide o exemplo da enturmação e “escolas de lata”). Além destes ataques, Yeda (que faz um governo pró-agronegócio) tem se preocupado em criminalizar os movimentos sociais. Repressões aos movimentos são constantes no atual governo: no último período até ação judicial pedindo o fim do MST foi realizada. Ou seja, o nosso DCE hoje está aliado com o que há de mais reacionário no país.

Durante o processo de aprovação do mérito do Parque Tecnológico, mais uma política do Governo Lula/PT de privatização dos espaços da Universidade e retirada de direito dos estudantes, o DCE, ao invés de fazer o enfrentamento juntamente às entidades e grupos políticos organizados e pedir debates e real participação dos discentes nessa decisão, colocou-se a favor desse ataque - inclusive rindo dos estudantes que estavam apanhando da segurança universitária, em uma das cenas mais lamentáveis dos últimos anos na UFRGS.

A atual gestão mostrou a que veio: apoiar a extrema direita reacionária e os ataques do governo Lula/PT às Universidades Federais, deixando o DCE – entidade que deveria representar os estudantes e seus posicionamentos – à mercê das políticas de destruição da Universidade. Isto sem mencionar as denúncias de corrupção sofridas pela atual gestão durante seu mandato.


Qual deve ser a resposta dos lutadores? Luta!


Para enfrentar todos esses ataques, é importante ter um DCE que consiga potencializar a mobilização dos estudantes. Para que o DCE seja uma ferramenta importante, é necessário que consigamos construir um programa adequado para dar respostas coerentes. Acreditamos que um programa coerente reivindica uma Universidade pública, gratuita e de qualidade! Justamente por conta dessa reivindicação, consequentemente há a necessidade da luta contra o REUNI, o Parque Técnológico e a reforma universitária de conjunto de Lula/PT.

Apesar do REUNI ter sido aprovado em 2007, os reflexos na Universidade começam a se tornar evidentes. A estrutura da universidade cada vez condiz menos com o número de estudantes: ocorre a falta de salas de aula, professores, uma política séria de assistência estudantil etc. Tudo isso é reflexo da falta de verbas para educação, somada ao projeto de destruição da Universidade implementado pelo Governo.

Esse, então, é um momento crucial para se debater a organização do movimento estudantil em torno das lutas do dia a dia, vinculado à organização nacional dos estudantes, pois apenas com uma organização nacional – que vincule as lutas diárias às lutas estudantis nacionais, que faça o enfrentamento claro e concreto aos empresários, banqueiros, governos – poderemos dar conseqüências às nossas pautas e cada vez mais impedir a entrada desses setores nas entidades estudantis.

Consideramos que para o real avanço do movimento estudantil em suas lutas e organização, é necessário fazer o enfrentamento aos agentes implementadores dos ataques, posicionando-se contra esses agentes, e contra as entidades que são utilizadas como aparatos dos mesmos.

Desde a década de 1990, a UNE encontra-se burocratizada e afastada das lutas. A partir da ascensão de Lula/PT ao governo, a UNE definitivamente passou para o lado dos empresários, aliando-se ao Governo, posicionando-se contrária aos interesses dos estudantes, como no caso da Reforma Universitária e especificamente com o decreto do REUNI.

Por conta disso, o Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa considera que o debate de reorganização do movimento estudantil é um debate essencial, que não pode ser relegado a segundo plano e que deve ser construído diariamente, em cada luta específica. Cada vez que nos chocamos com a política do governo, é também necessário o enfrentamento com a entidade que garante a sustentação destas políticas no interior do movimento estudantil: a UNE. Só com a derrota política da UNE poderemos avançar para derrotar o governo Lula/PT e construir o novo movimento estudantil.


A situação da esquerda na UFRGS


Consideramos importante a retomada do DCE da UFRGS pelos lutadores. Porém, esse processo deve ocorrer com uma unidade programática que expresse claramente oposição a todos os ataques à Educação Pública, tanto de Yeda/PSDB quanto de Lula/PT e que priorize e paute a reorganização do movimento estudantil, evidenciando o papel nefasto que hoje cumpre a UNE.

Porém, o que verificamos é a esquerda priorizando uma unidade esvaziada, com um programa débil, que abre mão de colocar o enfrentamento ao REUNI no programa, que não cita os decretos do governo, que não pauta a reorganização do movimento estudantil. Em suma, conforma-se uma unidade artificial por meio de um programa diluído que provavelmente vai estar a serviço de barganhas entre as correntes, transformando a ferramenta do DCE num espaço superestrutural.


Diante do grande potencial presente nas lutas estudantis quando bem organizadas e desenvolvidas, chamamos os estudantes a discutir conosco as lutas da UFRGS.


Contatos:
Tatiana Borin - tatyborin87@gmail.com

8415-8449

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Chega de Reprovação em Massa no CT e CCMN!

Um velho problema do CT e CCMN, são as turmas em que pouquíssimos estudantes são aprovados, tomou novas proporções com a política do REUNI/Reforma Universitária. Devido ao aumento descontrolado de calouros entrando a cada período, mais há reprovações. E nenhuma medida adotada contornou isto, trazendo ao invés mais pressão psicológica e dificuldades para a vida dos estudantes, como provas noturnas unificadas, inscrição automática no projeto de graduação, impecílios para se estagiar e trabalhar sem que haja bolsas dignas para todos, falta de projeto unificado com turmas manhã-tarde-noite para todos e jubilamento das classes populares. Fato é que é demagogia aumentar o número de estudantes no ensino superior público para se aumentar o jubilamento e a competição. A combinação de turmas lotadas com professores se dedicando a projetos de empresas com fundações derruba a qualidade das aulas terrivelmente e a precarização traz escassez de livros-textos na biblioteca, insuficiência de reifeições nos poucos Bandejões funcionando e dificuldade de ir e vir até a Ilha do Fundão fecham o quadro da completa ingerência do governismo na UFRJ. É preciso que os estudantes lutem pela democracia por melhores condições de estudo e de ensino, que os exímios acadêmicos sejam no mínimo pedagógicos. Queremos dignidade e qualidade, pela anulação das turmas com menos de 30% de estudantes em pauta aprovados e por provas substutivas já!


Daniel Bicalho Hoefle

domingo, 20 de junho de 2010

Plano Diretor da Reitoria deixa os campi do Centro sem verbas. É preciso organizar a luta dos estudantes!

Como se não bastasse o crônico problema de cortes de verbas que atinge as universidades federais em todo o país, algumas unidades da UFRJ sofrem, agora, com o abandono pela própria Reitoria da Universidade. Esse é o caso dos campi localizados no Centro do Rio (IFCS, Escola de Música e Faculdade Nacional de Direito), que sofrem atualmente uma forte chantagem para que se transfiram para a Ilha do Fundão: a Reitoria as deixa à míngua, sem verbas, e só prevê recursos e investimentos se a transferência for realizada.

Esse é o princípio que orienta o Plano Diretor da Reitoria (o projeto do Reuni para a UFRJ), que não prevê um centavo de investimento dos campi do Centro. O que está por trás desta medida é a implementação das metas do Reuni na universidade, entre elas o aumento da relação professor/aluno em quase 100% e a criação dos cursos genéricos de curta duração (os bacharelados interdisciplinares). Para garanti-las, é necessário que todos os cursos estejam no mesmo local. Por isso, se dá a chantagem para que as unidades isoladas se mudem para o Fundão.

O que está em questão, portanto, não é uma suposta e abstrata “integração” dos cursos no Fundão ou as migalhas oferecidas pela Reitoria para as unidades que se transfiram para lá. A transferência está subordinada a implementação de um projeto que compromete a qualidade e o caráter do conhecimento produzido na UFRJ, transformando-a em uma fábrica de diplomas, um “escolão” de terceiro grau.

É hora de organizar a luta por uma expansão de qualidade, contra o Reuni e seu Plano Diretor na UFRJ, em defesa das verbas para as unidades do Centro!

Praia Vermelha se nega a morrer! Universidade não é mercadoria, o Canecão é nosso e é público!

Como se não bastasse o crônico problema de cortes de verbas que atinge as universidades federais em todo o país, algumas unidades da UFRJ sofrem, agora, com o abandono pela própria Reitoria da Universidade. Esse é o caso das unidades localizadas no campus da Praia Vermelha, que sofrem uma forte chantagem para que se transfiram para a Ilha do Fundão: a Reitoria as deixa à míngua, sem verbas, e só prevê recursos e investimentos se a transferência for realizada.

Esse é o princípio que orienta o Plano Diretor da Reitoria (o projeto do Reuni para a UFRJ), que não prevê um centavo de investimento no campus da Praia Vermelha e espera desocupá-la para a construção de um Centro de Convenções a ser alugado a grandes empresas e de um hotel privado. O que está por trás desta medida é a implementação das metas do Reuni na universidade, entre elas o aumento da relação professor/aluno em quase 100% e a criação dos cursos genéricos de curta duração (os bacharelados interdisciplinares). Para garanti-las, é necessário que todos os cursos estejam no mesmo local. Por isso, se dá a chantagem para que as unidades isoladas se mudem para o Fundão.

O que está em questão, portanto, não é uma suposta e abstrata “integração” dos cursos no Fundão ou as migalhas oferecidas pela Reitoria para as unidades que se transfiram para lá. A transferência está subordinada a implementação de um projeto que compromete a qualidade e o caráter do conhecimento produzido na UFRJ, transformando-a em uma fábrica de diplomas, um “escolão” de terceiro grau. A tão necessária expansão da universidade, com abertura de novas vagas, é feita de maneira totalmente irresponsável através do Reuni. Os maiores prejudicados são os próprios estudantes, que entram em cursos com graves problemas estruturais e acadêmicos. Precisamos lutar para mudar tudo isso, garantir verba e estrutura para os cursos da PV e pela garantia de assistência aos estudantes, com a construção do bandejão no campus, a retomada do Canecão com um projeto público e voltado pela sociedade e muitos outros!

É hora de organizar a luta por uma expansão de qualidade, contra o Reuni e a privatização da Praia Vermelha! Universidade pública e para os trabalhadores!

Fundão: muito para as empresas, pouco para os estudantes. Assistência Já!

O crônico problema de cortes de verbas que atinge as universidades federais em todo o país se manifesta claramente na Ilha do Fundão. Os estudantes dos cursos aqui localizados se deparam diariamente com problemas estruturais, falta de salas de aula e seu péssimo estado de conservação, problemas com bibliotecas, laboratórios, falta de professores, entre outros. Tão grave quanto é o problema da assistência estudantil. Depois de muita luta dos estudantes, conquistamos a abertura de dois bandejões, uma grande vitória. Mas ainda precisamos avançar mais: ampliar seu atendimento, o horário de funcionamento e garantir a construção do bandejão do CT/CCMN, além de incorporar os trabalhadores terceirizados ao quadro de servidores da UFRJ. Além disso, é preciso lutar por um maior número de bolsas e o aumento de seu valor e a reforma imediata e ampliação do alojamento estudantil, necessidades urgentes dos estudantes.

Infelizmente, os planos da Reitoria e do governo Lula/PT são exatamente opostos. O Plano Diretor da Reitoria, que ordena a ocupação da Ilha do Fundão até 2020, é o de avançar na privatização dos espaços e implementar as metas do Reuni na universidade. Entre outros absurdos, o Plano Diretor prevê a construção de uma “moradia universitária” paga, a utilização de espaços da universidade para a construção de shoppings e a ocupação cada vez maior do Hospital Universitário pelos laboratórios privados. Atualmente verificamos as unidades com falta de professores, de salas de aula e de laboratórios, às vezes privatizados, e os estudantes não conseguem ter acesso. Isso é reflexo da falta de investimento de verba pública em conjunto com a implementação do REUNI, que criou inúmeros cursos novos sem investimento adequado.

O que está em questão, portanto, é a implementação de um projeto que compromete a qualidade e o caráter do conhecimento produzido na UFRJ. A tão necessária expansão da universidade, com abertura de novas vagas, é feita de maneira totalmente irresponsável através do Reuni. Os estudantes entram em cursos com graves problemas estruturais e acadêmicos e sentindo a precariedade latente dos cursos nas unidades. Vamos organizar os estudantes e fazer as lutas nas unidades!



É hora de organizar a luta na unidades, por uma expansão de qualidade, contra o Reuni e seu Plano Diretor na UFRJ, por assistência estudantil já!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Os Estudantes da EEFD fazem História! Conquistas da Paralisação

Na última quinta-feira os estudantes da Escola Educação Física e Desportos protagonizaram a maior luta em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade na história recente da escola. Impulsionados por uma pauta de reivindicações extensa que denunciava a situação precária da EEFD os estudantes fizeram uma grande paralisação. Cerca de 130 estudantes se aglutinaram no varandão da escola não entrando em sala de aula com intuito de garantir as vitórias necessárias. Depois de muitas palavras de ordem, foi instaurada uma assembléia para decidir os rumos da manifestação, no debate foram identificadas as causas dos problemas da EEFD, a denúncia da Reforma Universitária de Lula/PT e da UNE. O corte de verbas sistemático da educação e a abertura de portas para a iniciativa privada fizeram a Universidade pública “ficar com a corda no pescoço”. E a situação da EEFD é reflexo dessa política! Com esse entendimento os estudantes deliberaram em assembléia a Ocupação da Direção da EEFD com o objetivo de terem suas reivindicações atendidas. A direção que na semana anterior se disse aberta a dialogar com os estudantes mostrou sua face intrasigente, ao saber que os estudantes se direcionavam para a sala da direção trancaram a porta de acesso e se omitiram de se posicionar diante da manifestação dos estudantes, sendo assim, os estudantes decidiram ocupar a secretaria da escola e se dirigiram para lá.
Com a ocupação, os estudantes solicitaram uma posição da reitoria que abriu diálogo com os estudantes ocupados. Na negociação a reitoria garantiu a volta da Xerox ao CAEFD, um ataque feito a organização dos estudantes desde o final do ano passado, garantiu o fim do ponto de freqüência dos trabalhadores terceirizados da limpeza fora do seu local de trabalho, a compra de um acervo bibliográfico para criar a biblioteca da EEFD e também saiu desse diálogo uma comissão de negociação para ver como seriam atendidas as outras reivindicações.
Essas vitórias só foram conquistadas porque os estudantes não se curvaram ao projeto nefasto de destruição da Universidade pública de Lula/PT e demonstraram sua força através das mobilizações. Sabemos que a garantia das reivindicações já atendidas e o atendimento das outras reivindicações depende fundamentalmente da pressão dos estudantes, ou seja, do nosso nível de mobilização. E para avançarmos em nossas vitórias precisamos garantir a construção do prédio anexo da Dança, a reforma estrutural da EEFD, a contratação de mais professores, a reabertura da piscina, a reabertura da sala de musculação entre outras. E só conseguiremos essas vitórias com muita mobilização!
Os estudantes da EEFD deram um exemplo de como lutar pela Universidade pública, gratuita e de qualidade! Avancemos em nossas reivindicações. Sigamos construindo o novo movimento estudantil!
Pela Construção Imediata do Prédio Anexo da Dança
Pela Reforma estrutural da EEFD
Pela Reformulação das atividades complementares
Pela contratação de mais professores efetivos
Pela Reabertura da Piscina
Pela Reabertura e manutenção da sala de musculação
Pela Reforma do piso das salas de Dança

CAEFD – Gestão 2010
Quem Vem Com Tudo Não Cansa

terça-feira, 18 de maio de 2010

Revida Minerva na Pedagogia/FE!

Esta semana nos dias 18 e 19/05/10, nossas passadas nas salas da Faculdade de Educação (FE) reafirmam a campanha Revida Minerva contra o REUNI na UFRJ, iniciada em 2009 pelo Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa como uma proposta concreta de discussão com os estudantes. A construção de uma pauta de reivindicações específicas do curso de Pedagogia se somará às reivindicações dos demais estudantes da UFRJ para denunciar a precarização na universidade após a adesão ao Plano Diretor/REUNI, que desde 2007 fere a autonomia universitária ao determinar as diretrizes para sua organização, moldando-a para cumprir com as metas vindas do governo federal.
Na Pedagogia/FE, é importante notar as diversas formas como esse tipo de política paleativa nos afeta:

- faltam professores para diversas disciplinas, como:

--- Libras (do último período, impedindo os alunos de se formarem ao final deste semestre),

--- Didática da Matemática (devido ao pedido de licença do professor),

--- Políticas Públicas (que só agora fez concurso e há umas duas semanas tem professor).....

E as poucas vagas disponíveis no concurso público não suprem a demanda real que necessitamos, visto que este ano teremos 3 novas turmas de calouros!


- falta de infra-estrutura:
--- poucos laboratórios para ensino, pesquisa e extensão;
--- Laboratório de Informática lotado;
--- sala de estudo pequena e sem espaço/material para comportar todos os alunos;
--- poucas salas de aula (as que tem são disputadas com as turmas de outros cursos);
--- não temos uma biblioteca na FE;
--- a xerox foi realocada para debaixo da escada (explorando as condições de trabalho do Itamar/Ismálha que foram submetidos à um local insalubre e com pouca ventilação) com a desculpa de fazer obras, mas as obras não começaram na sala onde era a xerox e não sabemos quando terminarão;
--- perdemos a sala Anísio Teixeira (onde tinhamos um espaço para eventos com um bom contingente de público) porque virou almoxarifado....


Continuaremos com tantas perdas?
NÃO! Está na hora da Minerva, símbolo da UFRJ, revidar!

O que podemos fazer como estudantes?!

MUITO! Por isso, te convidamos para um debate sério sobre os rumos de nossa universidade e da educação pública:


* quarta-feira (19/05)
às 17h

e

quarta-feira (26/05)

às 11h

na
FE/UFRJ


ATÉ LÁ!!!

Obs.: Nos encontraremos próximo à escada e seguiremos para alguma sala disponível na FE.

Atividade sobre movimento estudantil na Pedagogia/UFRJ

No dia 06/05/10 o Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa realizou mais uma atividade com os alunos do curso de Pedagogia da UFRJ. O diálogo com a comunidade discente teve um tom de esclarecimento sobre a precariedade que estamos vivendo na universidade, que é agravada com a implementação do REUNI, decreto aprovado em 2007 pela Reitoria no qual visa à ampliação de vagas sem qualidade. A cada explicação sobre as políticas educacionais do governo os estudantes balançavam a cabeça mostrando concordância com a nossa opinião: que é contra o REUNI, PROUNI, Ensino à Distância... Enfim, contra a Reforma Universitária!
Mostrando coerência com a nossa linha, não poderíamos deixar de denunciar o papel nefasto que a União Nacional de Estudantes está exercendo: de apoiar a Reforma Universitária privatizante do Governo Lula/ PT e traindo nós estudantes.
O cenário é de tristeza, mas resta um pouco de esperança, pois nós estudantes temos a árdua tarefa de criar uma nova entidade estudantil, visto que o velho está morto e enterrado (UNE). E essa importante criação deve ter como marco político a ruptura com a UNE para podermos ter uma entidade forte que lute contra os ataques à educação.
Fique atento às próximas atividades sobre movimento estudantil!

sábado, 1 de maio de 2010

Próxima Reunião do Movimento

Convocamos o conjunto dos militantes e simpatizantes do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, além daqueles(as) que desejam conhecer mais sobre as nossas propostas e organização para participar da próxima reunião, que será realizada

na TERÇA-FEIRA, 04 DE MAIO

ÀS 13H 30min

NO VARANDÃO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS (ILHA DO FUNDÃO - CIDADE UNIVERSITÁRIA - UFRJ)


Proposta de Pauta:

1) Lutas do Movimento Estudantil e organização do Movimento (ataques à Educação Pública, REUNI, assistência estudantil, encontros estudantis, atividades, política de finanças);

2) Tese "Construindo a Unidade Proletária", assinada pelo Movimento, a ser defendida no Congresso da Classe Trabalhadora, dias 5 e 6 de junho em Santos-SP.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Boas-vindas aos Calour@s 2010





O ano letivo de 2010 se inicia com significativo atraso, por conta do autoritarismo do Ministério da Educação ao impor às instituições de ensino superior a utilização do “novo” Exame Nacional do Ensino Médio, que fora adiado num primeiro momento, devido à violação das provas, e não possui NADA de diferente do vestibular como propagado pelo Ministro Fernando Haddad: mantém a lógica meritocrática, desigual e antidemocrática de acesso ao Ensino Superior.

Desde 2007, o Governo Lula/PT tem aumentado a política de ataques à Educação Pública, que na Universidade se materializou pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (REUNI), chantageando as Reitorias com pequenas verbas e alguns novos concursos para Docentes e Técnico-Administrativos, ainda insuficientes para suprir a carência da quantidade que realmente precisamos. Em todo o país, os estudantes se mobilizaram e enfrentaram esses ataques, ocupando Reitorias e organizando grandes manifestações.

Aqui na UFRJ, a situação não foi diferente. Nós, do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, surgido em 2005, não nos cansamos de lutar em defesa da Educação Pública e dos interesses estudantis. Por isso, é preciso aumentar a nossa organização a nível nacional, já que hoje a União Nacional dos Estudantes (UNE) não passa de uma marionete para poupar Lula/PT, fotografando junto a José Sarney e às tropas brasileiras que atacam e massacram trabalhador@s no Haiti.

No caso da Faculdade de Educação (FE), é interesse da Reitoria a transferência para a Cidade Universitária no Fundão, através do Plano Diretor nos marcos do REUNI, transformando nosso campus em um estacionamento privado, hotel-escola e centro de convenções, retirando o caráter de produção de conhecimento da Universidade, situação que apenas a nossa luta pode modificar. Além disso, a luta por melhorias na assistência estudantil (Bandejão na Praia Vermelha, aumento das bolsas, Creche Universitária, transporte inter-campi, Alojamento, etc.) deve estar presente para avançarmos nas conquistas e na universalização do acesso.

Venha nos conhecer e construir o Movimento!
http://movimentoquemvemcomtudonaocansa.blogspot.com/
quemvemcomtudonaocansa@yahoo.com.br


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Contra a falta de/dos professores

Na EEFD, há problemas com o corpo docente. Além da falta de professores, ou seja, o quadro de docentes da escola é insuficiente para atender a demanda, também ocorrem problemas com a falta de alguns professores! Sendo assim, o CAEFD elaborou a seguinte carta de divulgação.

Contra a Falta de/dos Professores!


O momento na EEFD é complicado! Os alunos estão insatisfeitos com os problemas relacionados ao corpo docente da escola. Muitas reclamações explicitam esses problemas, como a falta de “determinados professores”, monitores ministrando aulas no lugar de professores faltosos, disciplina sem professor, etc.

Nesse semestre, conseguimos identificar de forma muito clara a ausência de alguns professores durante boa parte do período. Essa denúncia de forma alguma quer colocar os problemas em patamar de discussões pessoais. Ao contrário, temos clareza que a ausência desses professores interfere diretamente em nossa formação acadêmica de modo a prejudicá-la. Nesse sentido, reivindicamos nesse debate a qualidade da nossa formação.

A situação da EEFD reflete a situação da Universidade Publica brasileira, que, com o corte sistemático de verbas e recentemente com a aprovação e tentativa de implementação do REUNI, vive uma de suas piores fases. O nosso quadro de professores há muito já não está capacitado numericamente para atender ao seu corpo discente, a relação professor x aluno na EEFD hoje se aproxima de 1 para 26. Conseqüência dessa relação são nossas salas de aulas cheias mais do que deveriam. Essa situação exige uma resposta rápida no que diz respeito à contratação de professores.

Mas a falta de professores na EEFD não justifica a falta dos professores da EEFD! Não aceitamos que os professores deixem de dar aulas na EEFD para trabalharem em outras instituições, fazendo com que os alunos tenham sua formação prejudicada! Não aceitamos a “falta” de responsabilidade de alguns professores, que desaparecem por semanas sem apresentarem nenhuma justificativa!


Pela Contratação de professores Efetivos!


Que os professores cumpram sua carga horária!


No próximo semestre voltaremos a fazer avaliação dos Professores!


CAEFD-Gestão 2009/2010
Quem Vem Com Tudo Não Cansa

domingo, 29 de novembro de 2009

Aprovaram o Plano Diretor, mas a luta contra o REUNI apenas começou

A campanha Revida, Minerva! surgiu em setembro justamente sob essa perspectiva. Com o Plano Diretor referendado pelo CONSUNI, é hora do Movimento Estudantil se organizar para convocar o corpo discente nas salas de aula e construir mobilizações nas Escolas, Faculdades e Institutos da UFRJ. Ao defendermos assistência estudantil, expansão com qualidade, melhorias da infra-estrutura, dentre outras bandeiras, necessariamente nos chocamos com o projeto de Plano Diretor da Reitoria e do Governo Lula/PT.

Desde a publicação do Decreto 6096/07, em abril de 2007, o Governo Lula/PT e as Reitorias têm atropelado as discussões e materializam o sucateamento do Ensino Superior público. Com apoio da polícia, de seguranças e até mesmo de setores governistas como a CUT e a UNE, impuseram a lógica do REUNI para os próximos anos. Na UFRJ, o protagonismo do Movimento Estudantil gerou duas ocupações de Reitoria e diversas manifestações, mas que demonstraram o limite da tática utilizada. Por que¿ As mobilizações aconteciam, mas apenas adiavam a decisão, sempre realizada pelos antidemocráticos órgãos colegiados.

No Conselho Universitário de 29 de outubro, cerca de 100 estudantes se mobilizaram para participar da manifestação contra a aprovação do Plano Diretor, projeto da Reitoria que visa submeter a UFRJ às metas do REUNI de Lula/PT. Nessa ocasião, a Sessão foi encerrada e a votação não aconteceu. Utilizando-se mais uma vez de suas conhecidas manobras, o Reitor convocou nova Sessão para a quinta seguinte, 5 de novembro. Dessa vez, o CONSUNI empurrou goela abaixo da comunidade acadêmica a aprovação do Plano Diretor, composto por diversas medidas supostamente de reestruturação e expansão, mas que essencialmente modificam o caráter da Universidade.

Certamente a luta contra o REUNI na UFRJ não terminou. Para o REUNI se concretizar, seu processo de implementação ocorre em cada uma das Unidades. Há alguns meses já alertávamos sobre essa realidade e apontávamos a necessidade e a importância da construção de lutas nas mesmas, somando as pautas específicas dos estudantes ao debate mais geral sobre concepção de Universidade. Portanto, vamos virar esse jogo, construindo as lutas e garantindo que a Minerva revide a partir de nosso apoio.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Avaliação das eleições do CAEFD-UFRJ

Nos dias 3, 4 e 5 de novembro ocorreram as eleições para o Centro Acadêmico de Educação Física e Dança (CAEFD – UFRJ), onde três chapas concorreram ao pleito:

Chapa 1- Estudantes Unidos;
Chapa 3- Reformas Já; e
Chapa 4- Quem Vem Com Tudo Não Cansa

Nas propostas das chapas, as diferenças eram visíveis: a Chapa 3 - Reformas já - com a proposta de organizar festas e eventos para melhorar a estrutura da EEFD, abrindo margem para a privatização; a chapa 1 -Estudantes Unidos - com a proposta de melhorar os problemas estruturais da EEFD, escondendo o debate da reforma universitária e do decreto do Reuni do governo Lula/PT, ou seja, as mesmas práticas do velho movimento estudantil ligado à União Nacional dos Estudantes, que caminha ao lado do governo. Nossa Chapa 4 - Quem Vem Com Tudo Não Cansa - que luta contra a reforma Universitária, contra o decreto do Reuni, pela democratização do ensino superior de forma pública, gratuita e de qualidade e com toda produção a serviço da classe trabalhadora e pela criação de uma nova entidade estudantil que lute por fora e contra a UNE.

Mais do que a vitória do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, com uma expressiva representação de 566 votos, contra 77 da chapa 1 e 13 da chapa 3, foi a incorporação dos estudantes da EEFD, apoiando a chapa que luta contra a Reforma Universitária e o Reuni de Lula/PT, contra a regulamentação da profissão e o sistema CONFEF/CREFs, contra a fragmentação curricular dos cursos de Educação Física.

A defesa de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, a serviço dos trabalhadores, é uma bandeira pertinente e coerentemente implementada pelas sucessivas gestões do CAEFD desde 2003.

Essa expressiva vitória qualifica o trabalho da gestão do MQVCTNC na luta contra todo o processo de sucateamento do ensino e da Universidade pública, que atualmente se materializa por meio do decreto do Reuni e com a aprovação do Plano Diretor pela Reitoria da UFRJ, também de forma truculenta e autoritária.

Outro dado importante foi o número de alunos que se inseriram, formando nossa chapa com 62 estudantes da EEFD, dos três cursos: Licenciatura em Educação Física, Bacharelado em Educação Física e Bacharelado em Dança, demonstrando o quanto o trabalho já feito e a linha política do MQVCTNC é a mais correta para lutarmos por melhorias e qualidade do nosso ensino.

É importante que, a partir das contradições cada vez mais claras para os alunos da EEFD com o processo de reforma universitária, a nossa gestão dê continuidade a todas as lutas por melhorias da nossa Escola e conseqüentemente da Universidade, elevando as lutas num patamar elevado para que possa se materializar a melhoria da universidade.

Logo, vale ressaltarmos as lutas recentes, como as campanhas pela reforma do teto e mais segurança na UFRJ e outras melhorias estruturais; a realização do IV Simpósio de Educação Física e Dança de forma pública, gratuita e de qualidade com mais de 600 inscrições dos alunos da escola; e a grande participação da UFRJ no ENEEF (Encontro Nacional de Estudantes de Educação Física), com a maior delegação do encontro elegendo a estudante Vivian Dutra coordenadora Nacional da ExNEEF (Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física).