sábado, 17 de janeiro de 2009

Fóruns Estudantis - Folha Dirigida

Fórum Estudantil

Criação de institutos federais no Rio
13/01/2009
Thaís Loureiro

O Rio de Janeiro receberá dois Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifets). Com isso serão criadas 15 mil vagas em 14 campi para cursos técnicos de nível médio, licenciaturas e cursos superiores de tecnologia, privilegiando os cursos de engenharias e bacharelados tecnológicos, além das licenciaturas em ciências naturais, abrangendo física, química, matemática e biologia. A criação faz parte da expansão para educação profissionalizante prevista pelo Ministério da Educação e iniciada em 2005. É válida a criação dos Ifets?


"Acho que a idéia de criar esses institutos para fornecer mão-de-obra nessas áreas que são tão carentes é interessantíssima. Buscar suprir o corpo técnico das áreas tecnológicas permitirá um desenvolvimento, sim. Mas entendo que o aumento ao acesso ao ensino superior e profissional deve ser acompanhado de outras medidas. Os momentos de entrada e saída do estudante da instituição devem ser pensados. Ensino de qualidade e condições de permanência são pontos básicos."
Italo Aguiar
DCE da Uerj


"Essa criação de vagas é uma falsa expansão que visa aumentar os diplomados sem uma qualificação do ensino superior. Isso se aplica tanto ao Reuni quanto ao Ensino à Distância. Essa proposta de escolões é uma recomendação do Banco Mundial para atender interesses outros e não os do desenvolvimento da educação. Amplia-se o número de vagas de forma cômoda e barata, sem abrir concurso para docentes e técnicos-administrativos, sem investir em laboratórios e perdendo o espaço."
Gabriel Marques
DCE da UFRJ


"É como no caso da Uezo: ela virou a menina dos olhos de muita gente e hoje ninguém quer assumir isso aqui. Para ter mais propaganda e chamar a atenção, eles criam e criam, mas não cuidam. Acredito que a idéia seja boa, mas se daqui há alguns anos estiver tudo abandonado, como estamos cansados de ver acontecer com as instituições públicas, não adianta de nada. É preciso investir constantemente. É preferível usar a verba para melhorar as instituições que já existem, que já tem uma certa estrutura."
Amanda dos Santos Pereira
DCE da Uezo

Fórum Estudantil


Expectativas do movimento estudantil para 2009
06/01/2009
Thaís Loureiro

O movimento estudantil já prepara as ações para o período que se inicia. Encontros, bienais e congressos estão em fase final de planejamento. Porém, além dos debates nacionais e entre universidades, os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) começam a organizar as ações para as lutas de mais um ano com demandas ainda bem antigas. Falta de alojamentos e bandejões, poucas bolsas acadêmicas estão entre a lista de problemas que os universitários enfrentam. Veja as expectativas de três lideranças estudantis para o ano que se inicia:

"Na penúltima semana de dezembro, realizamos uma reunião com universitários não só da UFRJ, mas de outras universidades como a Rural. Esperamos que 2009 seja marcado por uma forte propaganda do governo pelo Reuni. Baseados nisso, fizemos uma avaliação para compor o nosso contra-ponto. Pretendemos debater essas e outras questões no Congresso Nacional dos Estudantes que será em junho. Além disso, esperamos ampliar a conquista do restaurante universitário para outros campi."
Gabriel Marques
DCE da UFRJ

"As nossas expectativas são muito boas. Depois da ocupação da reitoria da Uerj, conseguimos criar mais condições para participar e também fiscalizar o cumprimento do acordo. O mais importante foi o aumento da mobilização. Estudantes que antes não participavam, agora estão engajados. Conseguimos um espaço maior, mas as demandas continuam praticamente as mesmas. Porém, os fóruns estão funcionando e a reitoria faz levantamentos para apresentar para as comissões."
Fabiane Simão
DCE da Uerj

"A prioridade do DCE da UniRio é estruturar o movimento estudantil dentro da universidade, pois é uma instituição relativamente nova. Além disso, estamos organizando um grande debate sobre a Educação à Distância (EAD), com ciclos de palestras em todos os campi e em pelo menos cinco pólos de EAD. Um nova demanda que surge com a EAD é fazer com que a comunidade acadêmica os perceba como parte da universidade. Sentimos muita falta disso, por exemplo, na questão do acesso à pesquisa e extensão."
Tertuliano Soares
DCE da UniRio

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