sábado, 26 de março de 2016

SOBRE O ÚLTIMO CONSELHO DE CAs DA UFRJ E A CALOURADA DO DCE UFRJ MARIO PRATA

Na última quinta-feira, 17/03, 36 centros e diretórios acadêmicos se reuniram para discutir e construir a recepção dxs calourxs a ser realizada pelo DCE MARIO PRATA na segunda e terceira semanas de abril. Na oportunidade, todo estudante pôde apresentar sugestões de temas para nortear os debates da recepção.
Praticamente todas as falas de abertura discorreram sobre a crise que vivemos, à qual o governo vem respondendo com o Ajuste Fiscal e com a contínua supressão e violação de direitos. Foi justamente por conta das políticas do governo federal que, no ano de 2015, fizemos uma longa greve em conjunto com docentes e servidores técnico-administrativos.
Temos acordo que o prosseguimento desse debate tem importância fundamental para a universidade.
Por conta disso, defendemos no Conselho de CAs que a calourada do DCE expressasse essa crise e sua materialização dentro da Universidade, especialmente na Assistência Estudantil. Nesse cenário de cortes de verbas, os primeiros atingidos são sempre os estudantes que dela dependem para permanecer na Universidade. Propusemos a discussão da crise e sua relação com a não efetivação completa do PNAES, com o não aumento das bolsas (em quantidade e em seu valor), com a incapacidade de atendimento médico e psicológico, com a inexistência de creches para as mães estudantes, etc.
Nos últimos tempos, o tema da Assistência Estudantil ganhou centralidade na UFRJ, mobilizando estudantes e fazendo avançar sua organização para assegurar e conquistar direitos.
Entretanto, os coletivos que compõe conosco a direção do DCE direcionaram o debate da crise para fora da universidade, manifestando a prioridade na discussão da cidade, da cultura e da educação. Ainda que esses temas sejam muito importantes de serem debatidos, nos parece que a discussão de Assistência é – desde muito tempo – central para o Movimento Estudantil. Cabe ressaltar, inclusive, que na calourada 2015/2, o tema da Assistência Estudantil foi escolhido como eixo central, mas os espaços propostos não se concretizaram.
Logo, entendendo que a precarização da Assistência Estudantil é a materialização da crise dentro da universidade, esse deveria ser o principal tema a ser debatido com os calouros. Para nós, do Movimento Quem Vem Com Tudo Não Cansa, o debate de Assistência Estudantil não deve ser utilizado como uma questão “auxiliar” ou “acessória” para os coletivos que atuam no Movimento Estudantil. É necessário mobilizar a estudantada que entende cada vez mais a centralidade do tema. É disso que depende a construção de uma outra universidade, e de um Movimento Estudantil que atue fortalecido contra os setores comprometidos com o aprofundamento da reforma neoliberal.
Pautaremos nos nossos espaços de intervenção que esse debate seja o mais importante da recepção dos novos estudantes da UFRJ e convidamos os coletivos do Movimento Estudantil da UFRJ a fazerem uma reflexão acerca dos rumos da Assistência Estudantil em nossa Universidade.

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