domingo, 1 de novembro de 2009

Jornal da Chapa 4 para o CAEFD-UFRJ

Olá, estudantes da EEFD! Iniciou-se o processo de eleições para o CAEFD, a entidade representativa dos estudantes da Escola. Nós do Movimento QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA estamos participando desse processo por entender a importância e a necessidade da existência de uma representação ativa e combativa, que lute pelas reivindicações especificas e paute os debates mais gerais - entendendo que não existe uma separação entre esses.
A CHAPA 4 – QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA é composta por 62 estudantes, de Licenciatura em EF, Bacharelado em EF e Bacharelado em Dança. E nesse jornal queremos mostrar o que já conquistamos e nossas propostas que realizaremos juntos a vocês, porque cada um dos estudantes dessa escola integra o CAEFD.
A EEFD que temos... e a EEFD que queremos!

A EEFD passa por uma situação muito difícil: é o teto caindo, sala de musculação fechada, falta de biblioteca e sala de estudos, as salas de dança com os tacos saindo por causa das goteiras, pista de atletismo, campo de futebol e quadras externas em péssimas condições.
Os estudantes sabem que quando chove a situação se agrava ainda mais! É inadmissível pensar que uma unidade da maior Universidade Federal do país esteja nesse estado. Todos esses problemas afetam diretamente nossa formação, quando não podemos utilizar a sala de musculação porque não existe verba para fazer a manutenção dos aparelhos, quando os estudantes não podem usar a pista de atletismo e as áreas externas porque não existe verba para fazer reformas, os estudantes de dança que “vira e mexe” utilizam as salas sem material adequado e acabam se ferindo. Todos esses exemplos servem para ilustrar a precarização da universidade pública.
Para mudar esse cenário entendemos que é necessária a mobilização dos estudantes para pressionar a Direção da EEFD, a Reitoria e o Governo! Não achamos que a saída para esses impasses sejam a privatização e/ou o voluntarismo. Não podemos cair no erro do discurso de que “já que não tem verba, fazemos uma vaquinha e compramos”, porque assim reforçamos a idéia daqueles que hoje comandam a educação, a idéia do corte de verba pra educação publica.
Por isso lançamos nesse ano a campanha da REFORMA DO TETO JÁ! que também inclui reivindicações para todos esses pontos citados anteriormente:
- Reforma do Teto Já!
- Reabertura da sala de musculação, pública e gratuita
- Reforma da pista de atletismo e quadras externas
- Ampliação do horário do LIG
- Reforma das salas de dança e construção do prédio anexo!
- Mais segurança na UFRJ: concursos públicos já!
- Biblioteca e sala de estudos na EEFD
- Por uma expansão de qualidade, contra o Reuni de Lula/PT
- etc, etc, etc.
Só conquistaremos essas reivindicações através da mobilização dos estudantes! Quanto maior a participação dos estudantes da EEFD mais forte vai ser o CAEFD, o nosso instrumento de luta para alcançarmos vitórias. Você é o CAEFD!
É na luta que se conquista!
Nas ultimas gestões você viu o CAEFD fazer:
* Atos pela Reforma do teto, reabertura da sala de musculação de forma publica e gratuita, reforma na pista de atletismo e nas áreas externas, ampliação do horário do LIG, reforma nas salas de dança, construção do prédio anexo da dança, e toda a nossa pauta de reivindicações

* Realização dos III e IV Simpósios de Educação Física e Dança de forma publica e gratuita, com a discussão de diversos temas como Saúde, Mídia, Corpo, movimento, Universidade, proporcionando aos estudantes espaços de formação acadêmica, cultural e política.

* Organizar e participar intensamente das manifestações contra o Plano Diretor do REUNI! Os estudantes da EEFD incorporaram-se às lutas da UFRJ e nacionais em defesa da universidade pública: queremos expansão de qualidade, contra o REUNI de Lula/PT!

* Quando foi criado o Bacharelado em EF no turno da tarde, a proposta era retirar vinte vagas da Licenciatura. Foi a atuação do Movimento QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA no CEG (Conselho de Ensino e Graduação) que fez com que se abrisse o Bacharelado da tarde e se mantivessem as vinte vagas da Licenciatura!

* Participar dos Encontros Nacionais e Regionais dos Estudantes de Educação Física (ENEEFs e EREEFs) e Encontros Nacionais de Estudantes de Arte (ENEARTEs). No ENEEF deste ano, na USP, a UFRJ esteve presente com a maior delegação do encontro e conseguiu fazer uma coordenadora Nacional, a estudante Vivian Machado Dutra.

* Organizar a Campanha “Armários e Bebedouros na EEFD Já”, que numa manifestação na Congregação garantiu a compra de bebedouros novos para a escola.

* Em 2005, ocupar a Congregação da EEFD (órgão máximo de deliberação da escola), barrar um curso pago de dança e garantir o COMUNIDANÇA, que funciona de forma publica e gratuita com a participação expressiva de estudantes da UFRJ.

* Na próxima gestão, tudo isso e mais: organização do interperíodos, criação de grupos de estudos temáticos, ampliação do CineCAEFD, manutenção da sede do CAEFD, realização dos Furdunços e atividades culturais!
A EEFD FAZ PARTE DA UNIVERSIDADE E DA SOCIEDADE!
QUE UNIVERSIDADE QUEREMOS?
Sucateamento e privatização: ataques à universidade

Os problemas vistos na EEFD são reflexos dos sistemáticos cortes de verbas, complementados pela entrada cada da iniciativa privada na universidade pública. O setor privado, que aparece como a “solução de todos os problemas”, traz na realidade muitos danos: a universidade perde a sua função social, afasta-se da sociedade e passa a ser pautada pelos interesses do mercado, pois produz para aqueles que a financiam, perdendo a sua autonomia e seu papel para a produção de conhecimento crítico. É importante entender que nossa por melhorias na EEFD passa necessariamente pela luta contra as políticas e os agentes que causam esses problemas, contra os cortes de verbas e por financiamento público para a educação pública. - 10% do PIB para a educação!; - Verba pública só para a educação pública!; - Por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e a serviço dos trabalhadores!

Reforma Universitária: um projeto de mercado para a educação pública

Depois de longos anos de cortes sistemáticos de verbas e entrada paulatina do setor privado na universidade, o governo Lula inicia a institucionalização dessa política através do projeto de Reforma Universitária. A Reforma Universitária começou a ser implementada “em fatias” desde 2003. Desde então, foram aprovadas a Lei de Inovação Tecnológica, que permite às empresas privadas utilizarem recursos públicos para a produção de conhecimento privado; o ProUni, que transfere verbas públicas para as universidades privadas; o Sinaes, novo modelo de avaliação institucional pautado por regras de mercado e punição aos cursos; e muitos outros. Nos currículos, a Reforma Universitária se manifesta com a sua orientação para o mercado. Foi o que aconteceu com o nosso curso, dividido autoritariamente entre Licenciatura e Bacharelado com a única finalidade de atender as demandas por lucro. Queremos uma licenciatura ampliada, que nos forme integralmente, como professores para atuação em qualquer área e para a produção de conhecimento!

Reuni, a nova face da Reforma Universitária: precarização maquiada de expansão

A mais nova faceta da Reforma Universitária do governo Lula é o Reuni, implementado via decreto em 2007. Trata-se de um dos maiores ataques contra as universidades públicas, que as transforma em verdadeiros “escolões”. Com a desculpa da expansão de vagas – uma necessidade real e urgente -, o governo utiliza um mecanismo de chantagem e obriga as universidades a dobrarem o número de alunos por sala de aula e oferece, para isso, um complemento de no máximo 20% das verbas de que já dispõem. A “sugestão” é que, para isso, as universidades passem a oferecer cursos rápidos, voltados para o mercado, sem produção de conhecimento. Nós da UFRJ lutamos desde 2007 contra esse projeto, aprovado de maneira autoritária e cujos reflexos se fazem presentes no nosso dia-a-dia. Hoje, esse projeto se materializa na forma do Plano Diretor da UFRJ, voltado para atender as metas do Reuni, contra o qual estamos nos mobilizando diariamente. Queremos expansão, sim, mas de qualidade! Contra o Reuni de Lula/PT!

Para reagir, precisamos de um novo movimento estudantil!
Contra a UNE e por uma nova entidade!

As intensas lutas contra esses projetos de desmonte da universidade pública nos demonstraram algo ainda mais profundo: a nossa geração de estudantes, a que se defronta com esses ataques e tem a tarefa de impedi-los, é a mesma geração que se vê, na luta, sem um instrumento capaz de levá-las às suas últimas conseqüências. Isso porque a UNE, entidade que deveria nos representar, passou definitivamente pro lado do governo Lula e apóia todos os seus projetos. Quando, em 2007, dezenas de reitorias estavam ocupadas contra o Reuni, não tínhamos um instrumento para unificar essas mobilizações. A UNE, por sua vez, ia para a mídia criminalizar nosso movimento. Por isso, estamos empenhados na construção de um novo movimento estudantil, que lute por fora e contra a UNE, inimiga dos estudantes, e construa uma nova entidade capaz de impulsionar nossas lutas!

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