quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A UFRJ ATINGIU CONCEITO MÁXIMO NO MEC: ISSO REFLETE A NOSSA EDUCAÇÃO?

Vemos os discursos entusiasmados após a divulgação das notas do ENADE, onde a nossa universidade obteve conceito máximo no MEC. Contudo, até que ponto esse conceito máximo reflete a nossa qualidade e estrutura de ensino? Muitos vão falar que está aí a resposta para os críticos da universidade que, apesar de tudo, ainda é uma das melhores do Brasil. No entanto, por que se contentar com isso? Seria a Universidade um lugar de formação, seja ela acadêmica, política, social, cultural e histórica ou um lugar onde estamos para competir de modo selvagem, seguindo um modelo social que se demonstra cada vez mais desumano e falido? É justamente essa a lógica da avaliação do ENADE! Competição entre as universidades para ver quem fica com mais verbas, ou seja, a universidade que vai pior, que seria então a que mais precisa de investimento, por esse sistema de avaliação meritocrático é a que menos recebe!

Não podemos achar normal que a nossa Universidade tenha tantas discrepâncias estruturais, algumas unidades como uma empresa bancada pelo governo com uma mega estrutura, enquanto diversas unidades possuem tetos caindo, falta de água, de luz, falta de professores, dentro outros problemas estruturais. Ademais, vemos as condições precárias de permanência estudantil, onde cada vez mais alunos entram, e cada vez menos alunos conseguem permanecer, isso tudo propagandeado como uma vitória da democracia, mas democracia para quem? Pergunte para quem está no alojamento em condições insalubres, ou não consegue se alimentar no bandejão, e ainda a quem procura os primeiros socorros no nosso HU, a quem essa democracia está atingindo?

Toda essa política de sucateamento faz parte de um projeto de governo, onde mudam-se os nomes (FHC, Lula, Dilma), mas não mudam as políticas, a universidade encontra-se cada vez mais submissa à iniciativa privada, como, por exemplo, está sendo propagandeada a entrada de um estaleiro em nossa Universidade, conseguindo piorar o que já está ruim. Além da implementação do REUNI que vem fantasiado pelo discurso da expansão, mas o que vemos no dia a dia é cada vez mais precarização.

Nesse momento, é fundamental que não nos iludamos com esse resultado fruto de uma avaliação que não contribui para a construção de uma Universidade Publica gratuita e de qualidade. É necessário que sigamos na luta por mais investimento na educação, hoje o governo destina cerca de 5% de tudo que o país produz de riqueza, enquanto dá quase 50% para banqueiros e empresários. Precisamos lutar pelos 10% do PIB para educação publica já!

Para isso, é necessário construir um novo movimento estudantil que não esteja atrelado ao governo, como hoje acontece com a União Nacional dos Estudantes (UNE), que recebe verba diretamente do governo e apóia todas as políticas de destruição da educação publica nesse país. Para sermos conseqüentes com a luta pela melhoria do Ensino Superior Publico e de toda educação desse país precisamos enfrentar o Governo Dilma e seus braços no movimento estudantil, a UNE. Nesse sentido deixamos a critica ao DCE da UFRJ que nas ultimas gestões vem tocando lutas esvaziadas e não sendo conseqüente com a reorganização do movimento estudantil. Precisamos criar uma Nova Entidade estudantil que fale em nosso nome e possa exigir uma avaliação de verdade!



NOTA O PARA O ENADE! POR UMA AVALIAÇÃO DE VERDADE!

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