sexta-feira, 8 de julho de 2011

A UFRJ em tempos de Crise

A maior Universidade Federal do país não poderia ficar alheia ao processo de crise econômiva que afeta direta e diariamente a população do país. Como cartão de visitas, Dilma cortou 50 Bilhões de reais de áreas sociais, sendo 3 bilhões da educação, agravando o quadro de precarização da educação.



Em nosso cotidiano nos campi, não nos faltam exemplos da falta de investimento na educação: os tetos que caem em nossas cabeças, incêndios, desabamentos, salas de aula superlotadas, falta de professores, bibliotecas insuficientes, falta de restaurantes universitarios... Enfim, diversos fatores que contribuem para uma formação de péssima qualidade.



Diante deste quadro vemos uma imobilidade do DCE em tocar as lutas dos estudantes, denunciando o papel da reitoria em ratificar as politicas neoliberais do governo Dilma/PT; incapaz de mobilizar os estudantes pela base, para ouvir as pautas especificas e unificá-las as lutas gerais. O que vemos é o DCE construir atos esvaziados, sem apelo estudantil, e pior, se aproveitando das mobilizações construídas na base como mobilização própria.



Esse semestre os estudantes do alojamento sofreram mais do que o habitual. A precária situação estrutural chegou ao limite. Falta luz, agua, segurança e mais assistência estudantil. Assistência esta que foi usada para pagar a implosão do Hospital Universitário, deixando os estudantes a ver navios por meses. E mais uma vez o DCE foi incapaz de organizar as lutas e denunciar o grave estado em que os estudantes vivem.



Na EEFD os estudantes não esperaram pela mobilização do DCE. Construiram, por pautas específicas, uma assembléia estudantil que gerou uma ocupação da direção da unidade, o que não acontece na UFRJ desde a luta contra o REUNI. Exigiu a presença da Reitoria e garantiu inúmeras conquistas, entre elas a reforma emergencial da piscina olimpica e a criação de uma comissão paritária para unificar os cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física.



O DCE, ainda, não apresenta uma ruptura definitiva com a União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade estudantil que hoje está a serviço do governo federal, propagandeando suas politicas e ajudando a implementa-las nas universidades. Burocratizada, ela não representa mais os estudantes, mas o DCE ainda constrói a UNE.



Nesse sentido, defendemos um DCE combativo, denunciante; que atue na base dos estudantes construindo as mobilizações através das pautas específicas e gerais contra as politicas neoliberais do governo federal e ratificada pela reitoria de nossa universidade.



Diego Nogueira - Coordenador CAEFD





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