No último Conselho de CAs, foi aprovada a campanha por segurança. Um abaixo-assinado passará entre a comunidade da Universidade e a pressão por concurso público para vigilantes será feita.
Há muito tempo sofremos com assaltos constantes nos pontos de ônibus, na passarela etc. Entretanto, os recentes acontecimentos com o brutal assassinato de um trocador no 485 dentro do fundão e o assalto na sala de aula de nutrição no CCS coloca como nunca a urgência da melhoria da segurança dentro da UFRJ. Por isso, os estudantes da UFRJ, através do Diretório Central dos Estudantes, DCE Mário Prata, vêm com esse abaixo assinado exigir da Reitoria e do Governo Federal a imediata realização de concurso público para vigilantes universitários da Divisão de Segurança da universidade e a imediata melhoria das condições de trabalho desses agentes com mais viaturas e materiais de segurança. O DCE entende que o aumento do policiamento no fundão só vai trazer mais violência. Nossa universidade é cercada por favelas que vivem constantemente sitiadas numa guerra sem fim entre polícia e tráfico. Não podemos tornar essa guerra parte do ambiente da universidade trazendo a polícia para cá. Ainda por cima, a presença da polícia é a abertura de um espaço maior para a repressão ao movimento estudantil e aos estudantes. Casos como a revista freqüente de estudantes negros e mais pobres é comum na sociedade e não queremos que seja parte na nossa formação, pois também é uma forma de agressão. A segurança aqui na universidade deve ser garantida por profissionais concursados que são especializados no ambiente acadêmico, que têm vínculo com a universidade e com o ensino, a pesquisa e a extensão, e muitas vezes são ex-alunos como a maioria do quadro da DISEG hoje. Entretanto, esse efetivo conta com um pouco mais de 80 pessoas e apenas 6 viaturas sendo a necessidade mínima de 1200 funcionários.
É necessário também garantir que a universidade não se feche a comunidade trabalhadora a sua volta. A grande maioria dos moradores das comunidades não são bandidos e freqüentam a nossa universidade, que é um espaço de lazer com campos de futebol, além de vários projetos realizados na favela da Maré. Essa relação traz o respeito da comunidade à UFRJ e nos garante mais segurança e ainda proporciona uma integração dos estudantes com a realidade daqueles que vivem sob a égide da injustiça, do desemprego e do abandono de políticas públicas de educação, saúde e emprego. A política pública que conhecem é o caveirão e o choque de ordem que transferem ao povo pobre a responsabilidade do tráfico, igualando-os, o que é uma grande injustiça. Por tudo isso, também exigimos a melhoria do ensino porque violência não se combate com mais violência, e hoje é necessário mais do que nunca a defesa intransigente de uma expansão da universidade com qualidade sem REUNI que busca transformar o nosso ensino em distribuidor de diplomas tal como já fizeram com as escolas públicas.
Fonte: FOLHA DIRIGIDA
25/05/2009
Renato Deccache
É necessário também garantir que a universidade não se feche a comunidade trabalhadora a sua volta. A grande maioria dos moradores das comunidades não são bandidos e freqüentam a nossa universidade, que é um espaço de lazer com campos de futebol, além de vários projetos realizados na favela da Maré. Essa relação traz o respeito da comunidade à UFRJ e nos garante mais segurança e ainda proporciona uma integração dos estudantes com a realidade daqueles que vivem sob a égide da injustiça, do desemprego e do abandono de políticas públicas de educação, saúde e emprego. A política pública que conhecem é o caveirão e o choque de ordem que transferem ao povo pobre a responsabilidade do tráfico, igualando-os, o que é uma grande injustiça. Por tudo isso, também exigimos a melhoria do ensino porque violência não se combate com mais violência, e hoje é necessário mais do que nunca a defesa intransigente de uma expansão da universidade com qualidade sem REUNI que busca transformar o nosso ensino em distribuidor de diplomas tal como já fizeram com as escolas públicas.
Fonte: FOLHA DIRIGIDA
25/05/2009
Renato Deccache
O Diretório Central de Estudantes da UFRJ preparou e vai distribuir por todas as unidades da instituição um abaixo-assinado por melhores condições de segurança na cidade universitária da Ilha do Fundão. A decisão foi tomada na semana passada. Nesta segunda-feira, dia 25, os alunos divulgaram a íntegra do manifesto, que pretende pressionar o Ministério do Planejamento pela realização do concurso. No início do mês, um trocador de ônibus foi assassinado dentro do campus após um assalto ao coletivo.
Em reunião na última quinta-feira, dia 20, integrantes do DCE e de 16 Centros Acadêmicos da universidade discutiram o texto de um manifesto, no qual cobram do Governo Federal e da reitoria, realização imediata de concurso para vigilantes universitários e melhoria das condições de trabalho dos agentes que atuam no setor hoje.
Os representantes dos alunos ressaltam que a comunidade sofre há muito tempo com assaltos freqüentes nos pontos de ônibus, nas passarelas e outros locais da Ilha do Fundão. Eles defendem o concurso público e são contrários à colocação de policiais militares na cidade universitária. "O aumento do policiamento no Fundão só vai trazer mais violência. Nossa universidade é cercada por favelas que vivem constantemente sitiadas numa guerra sem fim entre polícia e tráfico. Não podemos tornar essa guerra parte do ambiente da universidade", informa o manifesto.
Outro receio dos alunos, diante de uma eventual presença da polícia, é que a corporação atue de forma desproporcional na repressão ao movimento estudantil. Por isto, defendem o concurso como forma de garantir a segurança por profissionais especializados que tenham vínculo com a universidade e, por isso, conheçam das nuances de um ambiente acadêmico. Os estudantes pedem também que a universidade não se feche para as comunidades do entorno. "A grande maioria dos favelados não são bandidos e freqüentam a nossa universidade, que é um espaço de lazer com campos de futebol, além de vários projetos realizados na favela da Maré", informa outro texto da carta.
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