No último Conselho de CAs, foi aprovada a campanha por segurança. Um abaixo-assinado passará entre a comunidade da Universidade e a pressão por concurso público para vigilantes será feita.
É necessário também garantir que a universidade não se feche a comunidade trabalhadora a sua volta. A grande maioria dos moradores das comunidades não são bandidos e freqüentam a nossa universidade, que é um espaço de lazer com campos de futebol, além de vários projetos realizados na favela da Maré. Essa relação traz o respeito da comunidade à UFRJ e nos garante mais segurança e ainda proporciona uma integração dos estudantes com a realidade daqueles que vivem sob a égide da injustiça, do desemprego e do abandono de políticas públicas de educação, saúde e emprego. A política pública que conhecem é o caveirão e o choque de ordem que transferem ao povo pobre a responsabilidade do tráfico, igualando-os, o que é uma grande injustiça. Por tudo isso, também exigimos a melhoria do ensino porque violência não se combate com mais violência, e hoje é necessário mais do que nunca a defesa intransigente de uma expansão da universidade com qualidade sem REUNI que busca transformar o nosso ensino em distribuidor de diplomas tal como já fizeram com as escolas públicas.
Fonte: FOLHA DIRIGIDA
25/05/2009
Renato Deccache
O Diretório Central de Estudantes da UFRJ preparou e vai distribuir por todas as unidades da instituição um abaixo-assinado por melhores condições de segurança na cidade universitária da Ilha do Fundão. A decisão foi tomada na semana passada. Nesta segunda-feira, dia 25, os alunos divulgaram a íntegra do manifesto, que pretende pressionar o Ministério do Planejamento pela realização do concurso. No início do mês, um trocador de ônibus foi assassinado dentro do campus após um assalto ao coletivo.
Em reunião na última quinta-feira, dia 20, integrantes do DCE e de 16 Centros Acadêmicos da universidade discutiram o texto de um manifesto, no qual cobram do Governo Federal e da reitoria, realização imediata de concurso para vigilantes universitários e melhoria das condições de trabalho dos agentes que atuam no setor hoje.
Os representantes dos alunos ressaltam que a comunidade sofre há muito tempo com assaltos freqüentes nos pontos de ônibus, nas passarelas e outros locais da Ilha do Fundão. Eles defendem o concurso público e são contrários à colocação de policiais militares na cidade universitária. "O aumento do policiamento no Fundão só vai trazer mais violência. Nossa universidade é cercada por favelas que vivem constantemente sitiadas numa guerra sem fim entre polícia e tráfico. Não podemos tornar essa guerra parte do ambiente da universidade", informa o manifesto.
Outro receio dos alunos, diante de uma eventual presença da polícia, é que a corporação atue de forma desproporcional na repressão ao movimento estudantil. Por isto, defendem o concurso como forma de garantir a segurança por profissionais especializados que tenham vínculo com a universidade e, por isso, conheçam das nuances de um ambiente acadêmico. Os estudantes pedem também que a universidade não se feche para as comunidades do entorno. "A grande maioria dos favelados não são bandidos e freqüentam a nossa universidade, que é um espaço de lazer com campos de futebol, além de vários projetos realizados na favela da Maré", informa outro texto da carta.
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