*Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física
Gestão 2008-2009
O dia 8 de março é considerado, internacionalmente, o dia da mulher. Ocorrem nesse dia diversas manifestações em toda parte do país e do mundo, pelos mais diversos motivos. Há aqueles que comemoram e festejam a data na lógica do mercado e há outros que optam por retomar o dia 8 em um dia de luta. O que representa para nós, estudantes de Educação Física, tal data? Antes de tudo, é preciso nos remetermos à história.
Contam-se muitas versões sobre como o dia 8 de março tornou-se o dia da mulher. Defende-se que a data surgiu com a greve de operárias norte americanas em 1857 (fortemente reprimidas), ou que tenha surgido com as ações das revolucionárias russas em 1917. Embora não tenhamos certeza sobre quem é a “mãe” da criança, de uma coisa podemos estar certos: mulheres em luta estremeceram a organização social de sua época, reivindicando seus direitos de igualdade, de melhores condições de vida, de participação social e política, pelo fim da opressão.
A partir da conquista do sufrágio universal, quando a mulher tem o direito de votar igual aos homens, temos um divisor de águas. Para algumas, a luta terminou neste momento, para outras, se abria cada vez mais a necessidade de organizar as mulheres internacionalmente. Podemos fazer um paralelo com as conquistas das mulheres nos últimos anos. Estamos no mercado de trabalho, podemos nos eleger enquanto candidatas políticas, podemos estudar e nos qualificarmos como outro homem etc. Entretanto, estas “inclusões”, apesar de serem avanços, não nos eximem da opressão que sofremos diariamente. Faz-se necessário manter a bandeira asteada, nossa luta não terminou.
Atualmente, o exemplo de mulher moderna de “super-mulher”, é ser aquela que trabalha o dia inteiro, que consome produtos lançados como artigos femininos, que cuida de sua aparência para se manter no padrão de beleza imposto e ainda por cima consegue, ao chegar em casa cansada do trabalho, cuidar do marido, cuidar dos afazeres da casa e cuidar dos filhos. Este é o exemplo do que é ser mulher atualmente. Mas, basta olhar os noticiários e perceber o quanto de mulheres ainda sofrem agressões físicas dentro de casa, quantas adolescentes e crianças, por falta de condições objetivas de sustentar a família, são submetidas à exploração infantil tendo que vender seus corpos por muitas vezes ainda marcados pela inocência infantil, para homens que as enxergam como mercadoria. Mas de que vitória estamos falando? “Agora é que são elas!” Aonde?
Portanto, para o Movimento Estudantil de Educação Física, essa data deve ser lembrada principalmente pelas lutas classistas de todas as mulheres durante a história como Rosa Luxemburgo, Clara Zetkin, Alexandra Kolontai, Olga Benário, dentre tantas outras valorosas lutadoras do povo. Luta de trabalhadoras oprimidas pelo sistema capitalista e pela sociedade como um todo apenas por ser mulher. Este dia, que em sua origem é de luta contra o capitalismo, mais uma vez foi apropriado pelo capital e transformado em mercadoria, reforçando a ideologia de consumo, onde presentes são distribuídos, lojas fazem promoções especiais, algumas realizam a “Semana da Mulher” com dicas de moda, enfim, projetando todo o ideário de que mulher é e deve ser cada vez mais consumista e preocupada com sua aparência e afazeres domésticos!
Nesta data, não queremos flores, bombons, presentes domésticos nem promoções de perfumes e roupas caras. É preciso que lutemos lado a lado, homens e mulheres em conjunto contra toda e qualquer forma de opressão. Somente através da superação do capital é que seremos todas e todos de fato livres, e a luta da mulher trabalhadora é mais uma bandeira a ser erguida rumo a esta liberdade. Enquanto houver exploração da mulher, haverá luta! Enquanto houver qualquer tipo de opressão, não conseguiremos nosso objetivo central: a transformação radical da sociedade! Para trilhar este caminho só temos uma saída: à luta!
Contam-se muitas versões sobre como o dia 8 de março tornou-se o dia da mulher. Defende-se que a data surgiu com a greve de operárias norte americanas em 1857 (fortemente reprimidas), ou que tenha surgido com as ações das revolucionárias russas em 1917. Embora não tenhamos certeza sobre quem é a “mãe” da criança, de uma coisa podemos estar certos: mulheres em luta estremeceram a organização social de sua época, reivindicando seus direitos de igualdade, de melhores condições de vida, de participação social e política, pelo fim da opressão.
A partir da conquista do sufrágio universal, quando a mulher tem o direito de votar igual aos homens, temos um divisor de águas. Para algumas, a luta terminou neste momento, para outras, se abria cada vez mais a necessidade de organizar as mulheres internacionalmente. Podemos fazer um paralelo com as conquistas das mulheres nos últimos anos. Estamos no mercado de trabalho, podemos nos eleger enquanto candidatas políticas, podemos estudar e nos qualificarmos como outro homem etc. Entretanto, estas “inclusões”, apesar de serem avanços, não nos eximem da opressão que sofremos diariamente. Faz-se necessário manter a bandeira asteada, nossa luta não terminou.
Atualmente, o exemplo de mulher moderna de “super-mulher”, é ser aquela que trabalha o dia inteiro, que consome produtos lançados como artigos femininos, que cuida de sua aparência para se manter no padrão de beleza imposto e ainda por cima consegue, ao chegar em casa cansada do trabalho, cuidar do marido, cuidar dos afazeres da casa e cuidar dos filhos. Este é o exemplo do que é ser mulher atualmente. Mas, basta olhar os noticiários e perceber o quanto de mulheres ainda sofrem agressões físicas dentro de casa, quantas adolescentes e crianças, por falta de condições objetivas de sustentar a família, são submetidas à exploração infantil tendo que vender seus corpos por muitas vezes ainda marcados pela inocência infantil, para homens que as enxergam como mercadoria. Mas de que vitória estamos falando? “Agora é que são elas!” Aonde?
Portanto, para o Movimento Estudantil de Educação Física, essa data deve ser lembrada principalmente pelas lutas classistas de todas as mulheres durante a história como Rosa Luxemburgo, Clara Zetkin, Alexandra Kolontai, Olga Benário, dentre tantas outras valorosas lutadoras do povo. Luta de trabalhadoras oprimidas pelo sistema capitalista e pela sociedade como um todo apenas por ser mulher. Este dia, que em sua origem é de luta contra o capitalismo, mais uma vez foi apropriado pelo capital e transformado em mercadoria, reforçando a ideologia de consumo, onde presentes são distribuídos, lojas fazem promoções especiais, algumas realizam a “Semana da Mulher” com dicas de moda, enfim, projetando todo o ideário de que mulher é e deve ser cada vez mais consumista e preocupada com sua aparência e afazeres domésticos!
Nesta data, não queremos flores, bombons, presentes domésticos nem promoções de perfumes e roupas caras. É preciso que lutemos lado a lado, homens e mulheres em conjunto contra toda e qualquer forma de opressão. Somente através da superação do capital é que seremos todas e todos de fato livres, e a luta da mulher trabalhadora é mais uma bandeira a ser erguida rumo a esta liberdade. Enquanto houver exploração da mulher, haverá luta! Enquanto houver qualquer tipo de opressão, não conseguiremos nosso objetivo central: a transformação radical da sociedade! Para trilhar este caminho só temos uma saída: à luta!
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